Sem Rui, grupo do governo vai rachar nas eleições: serão duas ou três chapas

Sem Rui, grupo do governo vai rachar nas eleições: serão duas ou três chapas

Só existe, no momento, um nome que seria capaz de unir o “campo do governo” na disputa pelo governo do estado: o do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, que é também lembrado para a disputa pelo senador Aécio Neves, pré-candidato a presidente.

Mas o prefeito Rui Palmeira já disse com todas as letras que não será candidato agora. Eu mesmo falei com ele sobre o assunto e posso afirmar que ele foi sincero e determinado ao fazer tal afirmação.

Rui Palmeira seria consenso dentro do PSDB e teria forças em outros partidos no campo do governo também.

O próprio Alexandre Toledo, que é pré-candidato ao governo pelo PSB admite – em conversa de bastidores – repensar o projeto numa eventual candidatura de Rui.

Mas fora disso seu grupo está convencido de que ele “representa o projeto de mudança e renovação que a população quer nesse momento”, aponta um marqueteiro que está trabalhando no projeto dos socialistas.

É com esse sentimento que Toledo vai tentar convencer o grupo de Téo Vilela a lhe apoiar. Nas composições imagina-se uma possível candidatura de Nonô (já declarado pré-candidato ao governo) para o Senado e uma desistência (pouco provável) de Benedito de Lira.

Luiz Otávio Gomes e Marcos Fireman não seriam obstáculos, neste momento, porque do ponto de vista “interno” teriam as mesmas qualificações que Toledo: uma carreira de bons gestores públicos, mas pesando a favor de Alexandre o fato de ele ser mais conhecido e ter experiência política.

Nesse cenário é provável que o campo do governo tenha mais de um candidato. Benedito de Lira já avisou que não abre nem para um trem, Toledo só repensaria se Rui Palmeira fosse o candidato, Luiz Otávio Gomes e Marcos Fireman está numa disputa interna para ver quem se consolida como preferido dos tucanos,enquanto Nonô corre por fora.

Assim como fez em 2012 em Maceió, quando sue grupo lançou três candidatos, Téo Vilela parece estimular o “debate” no primeiro turno apostando num eventual segundo turno.

Essa estratégia, no momento, parece ser a única capaz de acomodar a base de apoio do governador e de levar a eleição para o segundo turno. O confronto mano a mano de acordo com as pesquisas tende a garantir a eleição de um candidato de oposição já no primeiro turno.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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