Produção de cana-de-açúcar deve crescer de forma menos acelerada na safra 2014/2015

Produção de cana-de-açúcar deve crescer de forma menos acelerada na safra 2014/2015

A produção de cana-de-açúcar do Centro-Sul e do Brasil deve continuar crescendo em 2014/2015, mas de forma menos acelerada. É o que aponta a primeira sondagem de Safras & Mercado para a temporada. Para o Centro-Sul, a expectativa é de uma safra de 618 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, representando um crescimento de 3% sobre os números da safra anterior, que teve uma produção de 600 milhões de toneladas. Enquanto isso, a projeção para a produção nacional total de cana-de-açúcar é de 675 milhões de toneladas, crescimento de 15 milhões de toneladas (+2,3%).

Açúcar e etanol

Segundo a sondagem, a produção de açúcar do Centro-Sul deve crescer para 35 milhões de toneladas em 2014/15, ou 2,9%, contra as 34 milhões de toneladas indicadas para 2013/14. Já a produção total de etanol da região deve crescer expressivamente, passando de 25,74 bilhões de litros para 28 bilhões de litros (+8,75%).

Segundo o analista de Safras & Mercado para o setor de açúcar & etanol, Maurício Lima Muruci, de 2011/2012 para 2012/2013 a moagem da cana no Centro-Sul cresceu 7,7%, e saltou mais 12,6% em 2013/2014, alcançando as 600 milhões de toneladas estimadas pela consultoria desde janeiro de 2013.

Tanto a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) como a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) anunciaram ainda durante o início da safra números mais conservadores, que tiveram que ser ajustados conforme os meses foram passando.

– Vale ressaltar que os números indicados por Safras & Mercado ainda em janeiro de 2013 não precisaram ser revisados. Para chegar a essas 600 milhões de toneladas, levamos em conta os expressivos níveis de renovação dos canaviais que vinham sendo verificados desde 2012 até 2013 – salienta Muruci.

Embora as 618 milhões de toneladas previstas para 2014 representem ainda um crescimento em relação a 2013, está configurada uma forte desaceleração da expansão da produção canavieira.

– A renovação de áreas não é mais prioridade para as usinas em função da queda de rentabilidade. Não podemos esperar, muito menos, aumento de área cultivada, principalmente mais na região Centro-Sul, onde os preços do arrendamento de terras são os mais altos do Brasil – finaliza Muruci.

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Redação

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