O presidente do Senado é reconhecido pela sua perspicácia e capacidade de articulação política. Em Brasília, conversa com todos os partidos e tem trânsito com todos os líderes.
Em Alagoas não é diferente. Renan Calheiros monta de um lado o chapão, de oposição ao governo, mas não deixa de conversar com Téo Vilela. Embora não se cogite a possibilidade de aliança entre os dois, o presidente do Senado mantém “relações institucionais” com o governador.
O senador foi um dos primeiros a saber que Téo Vilela não deixaria o governo. Semanas antes de tornar pública sua decisão, Vilela confidenciou a Renan que deveria desistir da disputa ao Senado.
Numa entrevista que sai nos próximos dias na Folha da Barra, o senador faz uma avaliação da decisão do governador.
“Ao antecipar a decisão que seria tomada mais na frente o governador se livrou da pressão. Foi uma decisão, para ele, acertada, inteligente”, resume o senador.
Por pressão neste caso não entenda apenas as críticas na imprensa ou nas redes sociais, mas também a cobrança política.
Vamos esperar mais uns dias para ver a avaliação de Renan sobre o quadro político de Alagoas. Antes de encerrar as férias na Barra de São Miguel, dentro dos próximos dez dias, ele deve voltar a falar.