A crise que afeta as usinas se espalha por todo o Estado afetando vários outros setores da economia, numa efeito cascata. Não são apenas fornecedores de cana. Fornecedores de materiais e serviços e até trabalhadores sofrem com salários atrasados em algumas unidades.
O setor sucroalcooleiro que representa 20% da economia do Estado é responsável como se sabe por 98% das exportações alagoanas. Por isso a crise, decorrente de problemas climáticos e de mercado, afetou em cheio também a balança comercial do estado.
O balanço das exportações de 2013 divulgado esta semana pelo Ministério do Desenvolvimento mostra que Alagoas teve o pior resultado desde 2008, quando foram exportados pelo estado US$ 663 milhões.
No acumulado de janeiro a dezembro de 2013 as exportações alagoanas somaram US$ 742,7 milhões. O tombo na comparação com 2012, quando foram exportados US$1,014 bilhão é de -26,83%.
Faça as contas. Cerca de US$ 272 milhões o que equivale a mais R$ 650 milhões em exportações deixaram de circular em Alagoas no ano passado por conta da crise nas usinas.
A queda nas exportações se reflete principalmente no caixa das usinas que começaram tardiamente a safra e a comercialização dos produtos no mercado externo, mas também vai afetar, num efeito dominó outras empresas que dependem das usinas, direta ou indiretamente.
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