Um dos principais nomes da política alagoana no quadro atual, o deputado federal Renan Filho, PMDB, não ficou surpreso com a decisão de Téo Vilela permanecer no governo até o final do mandato.
O “fato novo”, aponta Renan Filho, já era esperado: “quem trabalha em política trabalha com conjecturas. Existiam duas possibilidades. E você mesmo já tinha levantando a possibilidade da permanência do governador”, me disse por telefone.
RF não acredita em mudanças no quadro político estadual: “O que muda é o governador, que é peça importante, mas não é única na eleição. A não candidatura dele é a demonstração de que o governo não deu tão certo quanto o esperado. Ele próprio admitiu que o governo vai mal em setores fundamentais, como educação, saúde e segurança”.
O deputado acredita que a mudança acontece principalmente no “campo” do governo, que terá de fazer um novo rearranjo. “Ele terá de construir um novo cenário. Não vejo espaço para nenhum tipo de aproximação com o governo e quanto a oposição, não vejo em Téo Vilela a disposição para um enfrentamento radical. Devemos esperar mais um pouco para avaliar essa decisão”, aponta.
Para Renan Filho, a oposição – o chamado chapão – continuará unida para o enfrentamento com o governo nas eleições de outubro. “As pesquisas mostram que a população desaprova o governo. Temos de nos concentrar em avaliar o quadro e dar as respostas que a sociedade espera, construindo uma proposta que vá ao encontro dos anseios dos alagoanos”, adianta.
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