A decisão de Téo Vilela ficar no governo até o final do mandato surpreendeu até os aliados mais próximos.
“Eu não esperava que ele decidisse agora, mas quero dizer que foi um gesto pessoal de muita grandeza. O governador será o primeiro em 20 anos a concluir o mandato e com isso terá a oportunidade de fazer um grande governo. Acredito que Teotônio será reconhecido como um dos maiores governadores da história de Alagoas”, me disse nesta terça-feira, por telefone, o senador Benedito de Lira.
O gesto também vai transformar, acredita o senador do PP, Téo Vilela no comandante da eleição. “Ele será o grande comandante do processo eleitoral e terá tudo para eleger como sucessor uma pessoa amiga, da sua confiança”, enfatiza.
Mas não é só isso. Téo Vilela também mexe com o cenário político e ao ficar no governo deve unir a base aliada do governo numa só coligação, acredita Benedito de Lira.
“Não vejo porque ter mais de uma chapa. A decisão do governador favorece a união em torno de uma só candidatura”, enfatiza o senador.
Isso, no entanto, não será decidido agora. “Temos que dar tempo ao tempo. O governador vai conversar com todas as lideranças e no momento certo anunciará sua decisão”, diz Biu de Lira.
Chapão contra chapão?
Se Biu estiver certo dois grandes grupos devem se enfrentar nas eleições deste ano. O governo que ainda não tem nomes para a sucessão de Vilela nem para o Senado e a oposição, liderada pelo senador Fernando Collor, candidato á reeleição e pelo senador Renan Calheiros, provável candidato a governador.
A disputa também pode ser encabeçada por Renan Filho, que considera Collor como um forte companheiro de chapa.
Escolhido o candidato do governo, a disputa tende a se polarizar com a oposição e pode ser decidida já no primeiro turno.