Um detalhe que não pode nem deve passar despercebido. O encontro articulado pelo presidente do PDT reuniu 17 partidos de oposição mostrou que o ex-governador Ronaldo Lessa, embora tenha enfrentado sucessivas dificuldades – inclusive financeiras – nos últimos sete anos, ainda tem muito prestígio político em Alagoas.
Outro detalhe: almoço realizado na segunda-feira, 22, foi o primeiro grande encontro do chapão nos últimos tempos que não foi puxado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, PMDB.
Com o apoio de Collor, Lessa conseguiu reunir mais de 600 lideranças políticas e ainda tirou um manifesto contra Vilela, assinado por todos os 17 partidos – incluindo o PMDB.
A “surpresa” do almoço foi a participação Renan Calheiros, que era dúvida em função de cirguria que fez na semana passada. Mas o senador não teve muitas opções. Se ficasse fora correria o risco de se isolar ou de rachar grupo, tal foi o poder de mobilização de Lessa, com o apoio de Collor, na organização do encontro.
A foto de 2014
Para quem entende de bastidores, o maior resultado do encontro não foi o manifesto contra Téo Vilela, mas a foto. Lado a lado, Collor, Renan, Ronaldo Lessa, Cícero Almeida e Paulão entre outras lideranças do chapão teriam antecipado o palanque majoritário de 2014.
Para Lessa – e para outros líderes do chapão – a vez de disputar o governo é de Renan Calheiros. Mas se ele não for, o chapão vai oferecer outras opções fora do PMDB. Esse – para quem não viu nas entrelinhas da fotografia – foi o principal recado do almoço do chapão.