Caravana reforça manejo integrado de pragas no controle da Helicoverpa armigera

Caravana reforça manejo integrado de pragas no controle da Helicoverpa armigera

A primeira edição da Caravana Embrapa sobre ameaças fitossanitárias com foco na Helicoverpa armigeracomeçou na última semana, com caravanas passando pelo Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal. Mais de 1.300 extensionistas e técnicos rurais receberam as orientações mais atuais sobre o controle da lagarta. A Caravana acontecerá até março em outras regiões do País e conta com uma equipe de 27 pesquisadores da Embrapa que atenderão aos técnicos da extensão rural e de cooperativas, além de representantes dos sindicatos e associações rurais de nove macrorregiões brasileiras.

Duas equipes de 11 profissionais cada, integradas por pesquisadores, empregados da área de transferência de tecnologia e de comunicação, se dividiram para atender as cidades visitadas em Goiás/DF (Rio Verde, Goiatuba e o Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal – PAD-DF); e no Rio Grande do Sul (Vacaria, Ijuí, Passo Fundo, Santa Rosa e Santa Maria). A Caravana Embrapa contou com a coordenação nacional das diretorias de Pesquisa e Desenvolvimento e de Transferência de Tecnologia. Em cada região, uma Unidade da Embrapa ficou responsável pela organização e articulação com os parceiros locais. Em Goiás/DF, essa responsabilidade ficou com a Embrapa Arroz e Feijão, no Rio Grande do Sul, com a Embrapa Trigo.

As Unidades também apoiaram a Caravana por meio de seus pesquisadores, contribuindo para uma visão mais completa possível do controle da Helicoverpa armigera, considerando tipos de cultura e áreas de atuação dos pesquisadores. Participaram das duas caravanas pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antonio de Goiás, GO), Embrapa Cerrados (Brasília, DF), Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) e Embrapa Soja (Londrina, PR). Na Região Centro-Oeste, também estavam presentes pesquisadores da Embrapa Algodão (Campina Grande, PB) e Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS). No Sul, pesquisadores da Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS).

O manejo da praga é de difícil controle, pois ela apresenta grande capacidade de resistência a inseticidas e encontra no Brasil condições climáticas favoráveis, além da grande capacidade de dispersão a longas distâncias. Nesse cenário, a praga pode se tornar num grande problema fitossanitário nas principais culturas de verão de todas as regiões produtoras do País, afetando desde as culturas de soja, trigo, arroz e feijão, e também a de algodão, milho, tomate e girassol.

Dentre os pontos apresentados pelos pesquisadores o destaque foi o Manejo Integrado de Pragas (MIP), prática que reúne diversas técnicas possíveis de controle, visando manter a população de pragas abaixo do nível de dano econômico nas lavouras.

Apesar dos produtores conhecerem a importância do MIP na agricultura, os pesquisadores buscam reforçar junto aos multiplicadores os diferentes aspectos e tipos de controle do manejo integrado, incentivando a adoção dessa prática como um importante método de controle da praga.

Nos treinamentos realizados os pesquisadores fizeram apresentações gerais sobre as principais ameaças fitossanitárias causadas pela Helicoverpa armigera, as ações de controle cultural, biológico e químico, e também outras orientações complementares solicitadas pelos participantes, de acordo com os problemas apontados pelos técnicos em suas respectivas macrorregiões. Ao final das apresentações, espaço para o debate com os técnicos presentes, momento que os participantes da Caravana podiam tirar todas as dúvidas dos presentes sobre o controle da Helicoverpa.

De acordo com o assessor da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, o pesquisador Paulo Roberto Galerani, mais do que orientações e técnicas necessárias para a solução de problemas causados pela Helicoverpa armigera, o acontecimento busca levar a mudança no campo, reforçando para os produtores a importância da adoção do manejo integrado. “Assim teremos um cenário mais favorável já na próxima safra. É importante que os produtores saibam que o resultado não será imediato, mas dependerá de uma mudança de atitude para que ele possa controlar a infestação da praga em sua lavoura”.

No inicio de 2014, a Caravana Embrapa passará pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, pela região do Cerrado Amazônico (Amapá e Roraima), além de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Assessoria

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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