O Orçamento do Estado para 2014 foi o centro das discórdias entre governo e oposição na sessão pública realizada pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 11. O debate é uma das últimas etapas para a votação do projeto pelos deputados em plenário.
Munido de muitos dados, Judson Cabral partiu para o “bombardeio”. Além das esperadas críticas aos gastos reduzidos em áreas como segurança e social, o deputado do PT fez exatamente 13 perguntas – será coincidência? – e a maioria teve resposta do secretário do Planejamento e Desenvolvimento.
Tanto que ao final o secretário adjunto de Articulação Política, Fábio Rodrigues, foi parabenizar Luiz Otávio Gomes por seu “brilhante” desempenho.
Judson cobrou resultados em áreas como saúde, segurança e educação. O secretário tentou mostrar ações do governo – mas se ateve principalmente a projetos realizados pela Seplande, como os APLs e o Alagoas Tem Pressa.
Entre ataques e defesas poucos perceberam que nessa briga de cobertor curto as dificuldades vão continuar em todos os setores, inclusive para segurança, saúde, educação e para área social.
É importante lembrar que a maior parte dos gastos do estado é “verba carimbado”. O dinheiro tem destino já determinado pela Constituição, como os repasses para os municípios, para a saúde e educação, amortização da dívida, pagamento de servidores….
Toda a briga gira em torno de menos – bem menos – de 10% do Orçamento, que é o percentual que o estado pode destinar a investimentos ou custeio de novos serviços.
De resto, o debate desta quarta-feira serviu só para levantar poeira. Até porque, tudo indica, o Orçamento de cerca de R$ 8,3 bilhão de 2014, valor que representa aumento de R$ 1,15 bilhão ou 16,14% sobre o Orçamento de 2013 (R$ 7,15 bi) será aprovado sem maiores modificações.
Os quadros a seguir, apresentados pela Seplande na Ale, dão uma ideia do destino do Orçamento. Vale conferir.
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