As formas alternativas para cuidar da saúde foram discutidas durante o I Seminário sobre Plantas Medicinais e Fitoterápicos de Alagoas, que aconteceu no Centro de Convenções de Maceió. O glauco, a hortelã e a babosa foram as plantas definidas para integrar o Projeto de Estruturação, Consolidação e Fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais (APL) em Plantas Medicinais e Fitoterápicos em Alagoas.
O evento teve como objetivo fortalecer a prática integrativa e complementar do Sistema Único de Saúde (SUS) e também a redução dos custos, o projeto proposto pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), Sebrae, Associação dos Municípios Alagoanos, Ufal, entre outras instituições que atendem a cadeia produtiva de cultivo, produção e dispensação dos fitoterápicos.
Para o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, a estratégia que será usada pelo projeto é sensibilizar os agricultores familiares, para terem no cultivo de plantas medicinais mais uma fonte de geração de renda e emprego. “As peculiaridades do cultivo de hortaliças com as plantas medicinais é que possibilitará esta aproximação. O projeto contribuirá para o fortalecimento da agricultura familiar na região do Agreste, visto que é uma área que sempre teve a sua economia baseada no monocultivo do fumo”, comenta.
O consultor do Ministério da Saúde, o farmacêutico Benilson Barreto, explicou que a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos é interministerial – envolve 10 ministérios, além da Fiocruz e do Sebrae. A Política existe desde 2006, trabalhando a cadeia produtiva do cultivo à dispensação do medicamento ao usuário, e já alcançou muitos avanços para os Arranjos Produtivos Locais e de Assistência Farmacêutica. “O SUS já possui 12 medicamentos disponibilizados, com registro da Anvisa e características de segurança e eficácia comprovadas”, esclareceu.
Quilombolas e Indígenas
Produtores quilombolas do município de Taquarana e indígenas das cidades de Feira Grande e São Sebastião, além de produtores de outros municípios, estiveram presentes ao seminário para conhecerem mais sobre o cultivo e utilidades para as plantas fitoterápicas.
De acordo com o gestor do APL Horticultura no Agreste, Humberto Santana, a participação deles foi de suma importância, pois aprenderam novas técnicas de cultivo das plantas fitoterápicas. “Lá eles puderam aprender como preparar o solo para a plantação, como também conhecer novas utilidades para elas. Com certeza essa será mais uma opção rentável para os produtores”, comenta.