Em apenas 3 meses, após a entrega das cisternas pelo Programa Água para Todos, Valdice Maria Alves já consegue colher bons resultados em sua propriedade, na comunidade do Carrasco, em Arapiraca. A família dela é uma das 30 cadastradas, pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) no programa, nesta comunidade.
Depois da construção das cisternas, a agricultora diversificou sua produção e começou a cultivar hortaliças, verduras e legumes, aumentou o número de animais e a renda familiar. Hoje é da agricultura que as 5 pessoas da família sobrevivem.
“Só nestes 3 meses, já estou na terceira colheita de tomate, por exemplo. Antes eu só plantava fumo, feijão, macaxeira, fava e batata. Hoje planto tudo isso e muito mais. Arrumei crédito no banco, aumentei o número de animais porque hoje tenho água para criar eles melhor. Esta cisterna significou muito para mim e minha família e hoje tiramos a renda toda daqui”, disse entusiasmada, a agricultora.
De acordo com Moisés da Silva, coordenador do programa Água para Todos da Seagri, a tecnologia social, como é chamada a metodologia aplicada no programa tem como diferencial a adaptação e, para ele, isso só traz vantagens.
“Por exemplo, é feita uma adequação no tamanho padrão da cisterna para favorecer uma área produtiva, onde eles possam trabalhar com a agricultura. Não adianta ocupar toda a propriedade dele com uma cisterna calçadão e não deixar área para produção”, disse Moisés.
Na pequena área de uma tarefa e meia de sua propriedade, Valdice trabalha com ovinocaprinocultura e aves, além de cultivar hortaliças, cenouras, quiabo, melancia, entre outros. Ela comercializa para a própria comunidade e estudantes já tem aula de campo na sua propriedade.
Para Ricardo Ramalho, gestor do Programa Água para Todos pelo Movimento Minha Terra, é preciso enxergar a cisterna como ferramenta para inclusão produtiva. “A cisterna é apenas uma grande ferramenta, mas é preciso um paralelo”.
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