Corte de cana: o fim de uma era nos canaviais de Alagoas

No cenário atual, Alagoas possui uma produção de cerca de 20 milhões de toneladas de cana por safra. No estado, a colheita ocorre normalmente de setembro a março.

Há 20 anos, todo o corte era manual, e o setor sucroenergético chegou a empregar mais de 60 mil pessoas nesta atividade.

Na safra 2023/2024, que será encerrada até o início de abril, a expectativa é de uma produção de 19,5 milhões de toneladas de cana, com cerca de 35% de toda a colheita feita por máquinas.

A tendência, segundo vários técnicos do setor, é de um avanço mais rápido na mecanização do corte, que poderá dobrar a participação no Estado nos próximos cinco anos.

O avanço rápido se dá principalmente pela falta de mão de obra. No estado, a reposição de trabalhadores nesta atividade é mínima. Hoje são cerca de 30 mil cortadores de cana durante a safra, com idade média acima de 40 anos.

Com o aumento das dificuldades para encontrar cortadores de cana, a Usina Santo Antônio, localizada na região norte de Alagoas, que tem topografia mais irregular, decidiu iniciar na safra atual o corte mecanizado da cana, com o uso de duas colhedoras.

A expectativa é ampliar a área de mecanização na unidade e em todo Estado já a partir da próxima safra.

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Edivaldo Júnior

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