“Setor produtivo não pode ser marginalizado”, diz Rafael Brito

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Blog do Edivaldo Júnior

No domingo, 7, o governo de Alagoas publicou novo decreto dentro do plano de distanciamento social controlado. O Estado retrocedeu para as fases vermelha (agreste e sertão) e laranja (demais regiões).

A novidade no novo decreto é que foi permitido o funcionamento do comércio, bares restaurantes, com limitação de horários e fechamento nos finais de semana.

A “dosagem” da medida parece ter sido fruto do diálogo estabelecido entre governo e setor produtivo antes da edição do novo decreto. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas, Rafael Brito, defendeu o “equilíbrio”, para não penalizar ainda mais o setor produtivo. A sua voz foi ouvida. Ainda assim, as reações não foram as melhores.

Teve de tudo. De reclamações inapropriadas nas redes sociais de alguns empresários que promoveram nos últimos dias aglomerações em seus estabelecimentos (caso de bares conhecidos na capital) a notas oficiais de entidades que tem demonstrado senso de responsabilidade com o enfrentamento da pandemia – caso da Fecomércio-AL.

No seu Instagram, Rafael Brito fez um desabo nesta terça-feira, 9. E relatou que desde segunda-feira, 8, tem recebido ligações e mensagens de empresários sobre o novo decreto. Mais uma vez em defesa do setor, ele pontou que as medidas foram necessárias.

“Só sabe quem está passando, quem sofre nesse momento os efeitos da pandemia. O setor produtivo não deve e não pode ser marginalizado. Mais do que nunca, a sociedade precisa colaborar, todo cidadão tem de fazer sua parte. Nesse momento, a economia precisa de vacinação, de distanciamento social. Não julgue quem diverge de você. Só sabe quem está passando, quem sofre nesse momento os efeitos da pandemia, seja na saúde, seja na situação econômica”, disse Brito.

O secretário avalia que as medidas devem surtir os efeitos necessários, reduzindo novos casos, nos próximos dias: “os efeitos do novo decreto só serão sentidos a partir do próximo final de semana, porque esse é o tempo, de 5 a 8 dias, que o vírus leva para provocar sintomas. Até lá, devemos ter cautela, seguir ao máximo as regras de distanciamento social. Nos próximos dias vamos avaliar, ver a evolução da pandemia para verificar a eficácia das atuais medidas”, pondera.

Brito, no entanto, está otimista. Avalia que, com a vacina e um número maior de leitos disponibilizado pelo Estado, será possível passar por essa nova onda da Covid-19 mais rapidamente: “vamos sair dessa fortalecidos e o mais rápido possível”, aponta.

Perdas

Em nota, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) diz que “vê com preocupação a onda crescente de casos de Covid-19, na capital e no interior” e “reconhece a importância das medidas restritivas para o enfrentamento da pandemia”.

Apesar disso, a Fecomércio alertar para “o forte impacto econômico causado por restrições mais severas, tais como o fechamento dos estabelecimentos comerciais, limitações acentuadas de capacidade e proibição de atividades culturais, de lazer e de entretenimento”.

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EDIVALDO JUNIOR CAVALCANTI

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