Caso Pinheiro: 8 mil famílias já foram realocadas

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2021/01/image_processing20200201-29235-1af4kg2.jpgCaso Pinheiro: 8 mil famílias já foram realocadas

Fonte: Jornal de Alagoas com 7 Segundos

Mais de 8 mil famílias já foram realocadas das áreas de risco que passam por fenômenos geológicos em Maceió. No entanto, ainda há aqueles que aguardam entrar no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação da Braskem e sofrem com o estado em que os locais são mantidos.

Na Avenida General Hermes, no bairro do Bom Parto, moradores precisam conviver com a insegurança pelos riscos geológicos da região e o medo constante de assaltos.

Além disso, para eles, problemas menores como, por exemplo, postes de energia que precisam ser substituídos e fiações fora do lugar, demoram mais tempo para serem resolvidos pela pouca demanda da região.

Em entrevista a um portal de notícias, o morador do local e empresário, Renê Souza da Silva, conta que, além dele, só restam mais três famílias na localidade e a insegurança é constante.

O mercadinho, do qual ele é dono, foi assaltado a mão armada em setembro do ano passado. Os criminosos levaram dinheiro e mercadorias que estavam próximas ao caixa. Além disso, o filho de Renê também foi assaltado e teve uma arma de fogo apontada para a cabeça. Dessa vez, os criminosos levaram a bicicleta e o relógio dele.

Renê Souza conta que vai assinar o contrato e entrar no Programa de Realocação na próxima sexta-feira (15). Depois disso, partirá para uma longa jornada de procura de uma nova casa para morar e um ponto para seu negócio.

“Não vou achar fácil. Vou precisar alugar um carro para sair procurando na cidade, mas Maceió já está toda cheia. E a indenização só Deus sabe quando vai sair. O tempo passa e as coisas do meu supermercado vão saindo . No raio de um quilômetro, só restam três casas. Só Deus mesmo em nossas vidas”, desabafou Renê.

Posicionamento da Prefeitura

O prefeito JHC (PSB) utilizou as redes sociais, nesta segunda-feira (11), para reafirmar que o município de Maceió vai amparar e acompanhar todas as vítimas dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol, que foram atingidos por movimentação do solo, causada por mineração de sal-gema na região.

Na primeira semana, criamos um comitê que cuida exclusivamente da situação dos bairros afetados. Além disso, vamos exigir indenizações justas e a @PrefMaceio vai amparar e acompanhar todas as vítimas para garantir que nenhuma injustiça está sendo cometida”, postou o gestor em seu perfil oficial no Twitter.

Vale lembrar que na última sexta-feira (8), a Defesa Civil Municipal apresentou números atualizados sobre a situação dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol. A apresentação foi feita para o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada para Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros), Ronnie Mota. Apenas no mês de dezembro, 1.417 lotes foram adicionados ao levantamento anterior.

Com isso, já são 9.621 lotes incluídos nas áreas de risco. De acordo com Arthur Rodas, diretor de Planejamento e Redução de Risco da Defesa Civil, a estimativa é de que entre 40 e 45 mil pessoas tenham sido afetadas pelo desastre.

Como parte da solução dos problemas, a Agência Nacional de Mineração autorizou o preenchimento de 15 poços com material sólido, o que reduziria o impacto da movimentação do solo no bairro.

Na apresentação, Rodas mostrou o prédio do Centro de Acolhimento e Triagem (CAT) que foi construído para atender moradores do bairro. A obra já foi concluída e está em fase de montagem de equipamentos para ser inaugurada em breve.

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EDIVALDO JUNIOR CAVALCANTI

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