Sistema de saúde em AL não corre risco de entrar em colapso

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2020/12/2354985_ext_arquivo-1.jpgSistema de saúde em AL não corre risco de entrar em colapso

Nas últimas semanas, o número de novos casos e óbitos confirmados da Covid-19 em Alagoas voltaram a assustar a população. Desde o início de dezembro, o assunto se tornou tema principal nos veículos de comunicação, o que levou o governo do Estado a endurecer medidas de isolamento social, limitando o horário de bares e restaurantes até a meia noite, além da proibição de música ao vivo em espaços fechados até 10 de janeiro de 2021.

De acordo com o jornalista Edivaldo Júnior, apesar do aumento de casos, não há risco iminente de colapso na rede estadual de saúde.

Como medida preventiva, a Secretaria de Saúde do Estado ampliou o número de leitos exclusivos para a Covid-19 em mais de 25% esta semana. No dia 1º de dezembro, eram 508 exclusivos. Nesta terça-feira (29), esse número subiu para 643.De acordo com o boletim de ocupação da Sesau-AL, 267 ou 42% destes leitos estavam ocupados. A taxa de ocupação de UTIs era de 52%.

O secretário de Saúde, Alexandre Ayres, explica que a regulação de leitos ocorre de acordo com a demanda. “Ampliamos leitos na rede pública, principalmente no Hospital da Mulher e no Hospital Metropolitano. Se houver necessidade, voltaremos a ampliar”, pondera.

Ayres avalia que a tendência no momento é de estabilidade no número de novos casos e óbitos da Covid-19 em Alagoas. Ele espera que as novas medidas e o aumento na fiscalização contribua para isso. “As pessoas precisam lembrar que o vírus continua circulando fortemente em Alagoas. É essencial que as regras do distanciamento social controlado sejam respeitadas”, afirma.

A preferência pela ampliação de leitos na rede pública, segundo Alexandre Ayres, se dá em função dos custos: “o leito na rede privada ou filantrópica tem maior custo para o Estado, mas não descartamos essa possibilidade, desde que exista necessidade, o que esperamos não ocorra”, aponta.

Redução

Alagoas já chegou a ter 1,4 mil leitos na rede pública e privada contratualizados pelo SUS no “pico” da pandemia, entre maio e junho. A redução se deu em função da queda no número de casos. “No Metropolitano, por exemplo, funcionamos durante o período inicial apenas com leitos para a Covid-19, depois liberamos parte dos leitos para a realização de cirurgias eletivas de outras enfermidades. Agora, com o aumento de casos, esses leitos estão voltando a ser exclusivos para a Covid-19 na medida em que o número de casos está aumentando”, explica Ayres.

Segundo dados da Sesau-AL, no dia 1º de novembro, o Metropolitano tinha 130 leitos clínicos e 30 UTIs para Covid-19. No dia 1º de dezembro, eram apenas 10 e 12 respectivamente e nesta terça-feira, o número ficou em 80 clínicos e 30 UTIs.

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EDIVALDO JUNIOR CAVALCANTI

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