Fonte: Blog do Edivaldo Júnior
Enquanto a Europa endurece as medidas de isolamento social, com a adoção de lockdown em alguns países, Alagoas deve manter comércio e serviços funcionando do jeito que estão hoje – com possibilidade de ampliação a partir de janeiro.
O governo mudou a estratégia. Passou a apostar na fiscalização e na conscientização da população. Mas todos os números seguem monitorados. Só se houver risco de ‘colapso’ na rede de saúde, o que não ocorre no momento, é que essa nova linha de enfrentamento do novo coronavírus poderá mudar.
A essa altura da pandemia, a conclusão do governador Renan Filho e de vários assessores é que “fechar” não resolve. Foi esse sentimento que levou o Estado a apostar na retomada plena de uma das mais importantes atividades da economia alagoana – o turismo.
Com o protocolo de segurança sanitária implantado, que rendeu a Alagoas o selo Safe Travels da WTTC e a marca de cerca de 1.200 estabelecimentos certificados com o título de “Turismo Responsável” pelo Ministério do Turismo (Mtur), o estado retoma a atividade de forma gradual e se consolida como “destino seguro” em todo o país.
A retomada da atividade turística começou em agosto e ganha maior celeridade agora: neste mês de dezembro, de acordo com dados da Sedetur-AL, a malha aérea alagoana conta com cerca de 75% do número de voos existentes no período pré-pandemia – resultado já previsto pelo Governo do Estado.
São 19 voos diários com origem e destino em cidades como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Salvador (BA). Além disso, durante toda a alta temporada de verão, Alagoas receberá 120 voos fretados de diversos destinos brasileiros.
De acordo com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, a expectativa é que o estado receba cerca de 750 mil turistas entre os meses de dezembro de 2020 e março de 2021. “Com todos os cuidados necessários estamos retomando o turismo no estado, movimentando esta cadeia que é uma das principais forças da nossa economia”, ressalta Rafael Brito.
Internamente, Brito conseguiu convencer o governo a retomar o turismo com um argumento convincente. Ele costuma dizer que o vírus já circula fortemente por aqui. E não será o turismo, atividade que predomina ao ar livre, que aumentará os casos de Covid-19 em Alagoas.