Fecomércio-AL avalia prejuízo de R$ 1,6 bilhão no setor

O presidende da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), José Gilton Pereira Lima, divulgou uma nota, nesta terça-feira (07), lamentando a decição do governo de Alagoas de manter o Decreto com a suspensão de atividades, até o dia 20 de abril.

Segundo a nota, se os servições continuarem paralizados, o prejuízo do comércio deve alcançar R$ 1,6 bilhão.

Confira a nota na íntegra:

“A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) lamenta a decisão do Governo do Estado em prorrogar, até o dia 20 de abril, a paralisação das atividades comerciais. A entidade reconhece o momento difícil pelo qual passa a sociedade e a importância de somar esforços no combate à pandemia do Covid-19. Entretanto, defende que é preciso encontrar um equilíbrio entre os interesses econômicos e sociais.

O setor Terciário (Comércio e Serviços) representa, em Alagoas, 49% do PIB, sendo responsável por empregar 66% dos trabalhadores celetistas e por 83,33% dos empreendimentos existentes, respondendo por 44% da arrecadação do ICMS no Estado. Com uma participação tão ativa na economia, não há dúvidas de que uma paralisação massiva, embora voltada a um bem maior, afeta os negócios e prenuncia uma recessão. Por isso, desde a publicação do Decreto Legislativo nº 6, no dia 20 de março, a Fecomércio posiciona-se frente ao governo contra a prorrogação do não funcionamento das empresas.

Um levantamento da assessoria econômica da Fecomércio já apontou que, excluindo serviços essenciais não afetados com a suspensão (eletricidade, água, gás, esgoto, alimentação e serviços de saúde privados), estima-se uma perda diária de R$ 53 milhões de reais nas atividades do Comércio e de Serviços. Com a prorrogação até o dia 20 de abril, o prejuízo acumulado será de R$ 1,6 bilhão.

O Community Mobility Reports (Relatório de Mobilidade da Comunidade)1, do Google, revela que, em Alagoas, houve queda de: 77% nas vendas e consumo por lazer; 79% nos estacionamentos; 76% nas linhas de ônibus; e 35% no ambiente de trabalho. Apenas o consumo residencial registrou aumento (17%). Embora os dados sejam sobre mobilidade urbana, refletem queda de consumo também, pois se as pessoas não podem circular nestes locais, deixam de movimentar a economia nestes ambientes.

Em contrapartida, as empresas continuam com compromissos financeiros a honrar e, embora medidas trabalhistas tenham sido anunciadas pelo governo federal, assim como normas tributárias nas esferas federal, estadual e municipal, tais iniciativas não serão suficientes para equilibrar as contas face ao desaquecimento de suas atividades. Como consequência, o desemprego, que já alcança 13,6% 2 dos alagoanos, certamente aumentará.

Por todo o exposto, a Fecomércio reitera que é preciso equilibrar os interesses da sociedade e do setor produtivo para que o desenvolvimento seja contínuo, criando oportunidade a todos.”

Redação com Fecomércio-AL

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