Detalhes do acordo ente Rui e Renan são revelados

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Renan Filho e Rui Palmeira terão o primeiro encontro público ‘pós-acordo’ nesta sexta-feira (6). A pauta oficial do encontro entre governador e prefeito é saneamento. Na prática o governo deve tirar do edital de concessão dos serviços (também chamada de privatização da Casal) as obras que serão tocadas pela prefeitura.

O encontro, de fato, servirá para demonstrar que os dois construíram uma aliança política e subirão no mesmo palanque em Maceió este ano.

O acordo de Rui Palmeira e Renan Filho foi fechado muito antes do que todos imaginavam. A primeira conversa foi realizada ainda em dezembro de 2019. Os dois tiveram um longo encontro. Chegaram ao entendimento de que poderiam ganhar mais como aliados do que como adversários – ainda mais com uma campanha acirrada e cara pela frente.

A partir da conversa, decidiram que seria possível avançar para um acordo dependendo do que iria acontecer dali em diante. Decidiram manter entendimento em ‘segredo’. Na hora certa anunciariam a decisão, que dependia ainda de alguns fatores.

Outros ‘personagens’ ajudaram a construir o enredo do acordo até agora. E veio do PSDB o maior ‘incentivo’ para a aliança. Ao defender um nome do partido para a prefeitura, Rui Palmeira foi de encontro ao projeto de Rodrigo Cunha, que continuou preferindo JHC, único nome que o atual prefeito não aceitaria apoiar. Deu no que deu.

Antes mesmo de sair do PSDB e já prevendo qual seria o desfecho, Rui Palmeira voltou a conversar com Alfredo Gaspar de Mendonça – o nome do Palácio dos Palmares para a prefeitura de Maceió – e fechou o acordo, consolidado em novas rodadas de conversas com o governador.

Renan Filho e Rui Palmeira chegaram a um entendimento sobre 2020. O candidato será do MDB e o prefeito indica o vice. Ficaram de discutir 2022 mais à adiante, dependendo do que vier pela frente. Se Alfredo ganhar é uma história, se perder é outra.

Com o acordo fechado, foi Renan Filho quem primeiro ‘vazou’ a informação para alguns deputados estaduais no dia 18 de fevereiro passado. No mesmo dia Rui confirmou a história a Davi Davino Filho, pré-candidato do PP a prefeitura, com quem negociava a possibilidade de apoio. Em seguida fez o mesmo com Ronaldo Lessa. A confirmação também foi feita a outros deputados e vereadores.

O ‘vazamento’ até agora serviu para amortizar o impacto da aliança, inesperada e surpreendente para muitos. A estratégia hoje é sair das especulações e ir para as confirmações.

Em 2018 Gaspar seria candidato ao Senado e desistiu após conversar com o governador. Os dois, ao que parece, estão cumprindo o que acertaram lá atrás.

E muito antes disso Renan Filho e Rui Palmeira chegaram a acertar uma aliança em 2016, ano da reeleição do atual prefeito. Teria dado certo, não fosse a candidatura de Cícero Almeida.

Entre os principais candidatos que estão postos hoje na disputa em Maceió, todos já foram aliados ou assessores de Rui Palmeira e Renan Filho em algum momento, incluindo as campanhas. Aí cabem JHC, Ricardo Barbosa, Ricardo Santa Ritta, Ronaldo Lessa, Gaspar, Davi Filho e Cícero Almeida.

Na maioria dos casos o afastamento ou aproximação foi bem mais sútil. Talvez por isso é que Rui terá muitas dificuldades de se explicar com antigos aliados.

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Redação com Blog do Edivaldo Júnior

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