Mercado de milho deve ter preços firmes no 1º semestre do ano

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2020/01/milho.pngMercado de milho deve ter preços firmes no 1º semestre do ano

O mercado brasileiro de milho inicia 2020 com perspectiva de preços firmes pelo menos para o primeiro semestre do ano, de acordo com o consultor Paulo Molinari, de Safras & Mercado. A tendência, segundo ele, é de um quadro de oferta apertado em relação à demanda.

Molinari afirma que, mesmo que com atraso no plantio, a segunda safra de milho deve garantir o abastecimento no segundo semestre, regularizando mais o cenário de oferta. “Então, o mercado ficará ao sabor do clima para esta ‘safrinha’, dependendo ainda do clima para a safra norte-americana e do fluxo de exportações no segundo semestre”, comenta o analista.

O ponto central para a definição da tendência de mercado do milho no Brasil é a exportação, ressalta Molinari. “Sem um bom volume de vendas no segundo semestre, não temos chance de preços altos como em 2019. E, neste caso, precisamos dos preços internacionais em bom nível, de um câmbio acima de R$ 4 e de demanda global”, afirma o consultor.

Dessa forma, uma safra dos Estados Unidos sem problemas pode não oferecer tal chance de exportação ao Brasil em 2020. “Somente a demanda interna não é capaz de sustentar os preços”, afirma Molinari.

“Precisamos de uma exportação de pelo menos 30 milhões de toneladas em 2020“. Se o volume embarcado for maior do que isso, segundo ele, poderá haver problemas de abastecimento, mas, se for menor, haverá sobras internas de milho.

A temporada 2019/2020 (fevereiro/janeiro) deve fechar com recorde nas exportações estimado em 39,8 milhões de toneladas. De acordo com a Safras & Mercado, esse excelente fluxo de exportações garantiu escoamento da oferta, promovendo elevação nos preços.

A “safrinha” de 2020 do Brasil e a safra norte-americana estão totalmente em aberto em termos de volume a ser produzido, ante as questões climáticas envolvidas, na avaliação da consultoria. Tais fatores seriam, assim, decisivos para a formação de preços do milho na Bolsa de Chicago e no mercado interno. Com cotações elevadas em Chicago, haveria maior estímulo às exportações.

A Safras & Mercado estima uma produção brasileira de milho de 104,135 milhões de toneladas em 2020, com queda de 3% em relação ao resultado de 2019 (107,375 milhões de toneladas.

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Canal Rural

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Redação

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