Neste fim de semana as manchas de óleo que atingem o litoral do Nordeste desde o início de setembro chegaram à Foz do Rio São Francisco, em Piaçabuçu.
Segundo a analista ambiental Cynira França, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), o registro foi informado à coordenação geral do órgão, que trabalha diretamente com a limpeza e contenção do petróleo, para definir uma estratégia em relação à chegada da substância ao rio.
A analista acredita que, por enquanto, não há risco de a mancha adentrar pelo São Francisco e chegar ao interior do país, mas é preciso que seja feita uma barreira para evitar que o óleo se espalhe ainda mais.
Técnicos do Ibama, inclusive um integrante da equipe de emergência, de Brasília, passou o fim de semana no Litoral Sul de Alagoas após os registros em Lagoa do Pau e Pontal de Coruripe, no município de Coruripe, onde uma tartaruga foi encontrada oleada.
“O Ibama solicitou o apoio da Petrobras para a limpeza. Soubemos ontem do registro de óleo na Foz. A informação foi passada para Sergipe e orientamos também as prefeituras para nos auxiliar”, explicou a analista.
Ela disse ainda que o Ibama esteve na região na semana passada, e não havia essas manchas. Hoje, o mar de Coruripe é o local com a maior quantidade de petróleo derramado em Alagoas.
Tartarugas marinhas
Até esta segunda-feira (7), duas tartarugas foram resgatadas em áreas manchadas no litoral alagoano. Uma delas, encontrada em Coruripe, estava oleada e será encaminhada para despetrolização em Sergipe, na sede da Fundação Mamíferos Aquáticos, onde foi montada uma estrutura e equipe capacitada para o trabalho. Sergipe foi escolhido por ser a maior área de desova de tartaruga-oliva e sede do projeto Tamar. Há também um local de despetrolização da fauna no Rio Grande do Norte.
A segunda tartaruga não estava oleada. Ela foi achada em Maragogi, onde está situada a APA Costa dos Corais, e foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros até a chegada do Ibama para verificar o estado do animal.
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