A FUNBRASIL promoveu na manhã desta sexta o I Seminário sobre Acessibilidade, Inclusão e “Re”abilitação da Pessoa com Deficiência. O evento teve como tema “Os desafios para derrubar barreiras e romper preconceitos”.
A programação contou com a apresentação do Coral do Centro Estadual Especializado Cyro Accioly, e com palestras de especialistas em oftalmologia, fisioterapia, psicologia e psicopedagogia.
De acordo com a coordenadora da FunBrasil, Adriana Davino, o tema é de grande importância para alertar e esclarecer a sociedade sobre as doenças que podem causar cegueira. “Criamos esse ponto de atenção visual em 2018 para identificar as pessoas com problemas de visão. É fundamental que a população participe e se coloque no lugar do próximo para assim evitarmos todo tipo de preconceito”, disse.
Um dos palestrantes, o especialista em oftalmologia clínica e cirúrgica, Nicolaas Stefan, destacou sobre a prevenção, o combate e o tratamento de baixa visão, visão subnormal e cegueira. “Muita gente não sabe, mas a grande parte dos casos de perdas de visão tem cura. Por isso é essencial alertar as pessoas para procurarem um especialista em casos de catarata, glaucoma e outras doenças”, salientou o médico graduado pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).
O seminário contou ainda com a presença da promotora de justiça, Failde Soares Ferreira. Ela ressaltou o acompanhamento do Ministério Público (MP) nas ações da Fundação Brasil. “A gente vem acompanhando desde o início em 2008, atuando de forma preventiva. A sociedade tem que se conscientizar e entender que as pessoas precisam se apropriar do que o estado disponibiliza. E em muitos casos elas não aproveitam as oportunidades e acabam se prejudicando”, pontuou.
Atentos na programação do evento, os deficientes visuais tiveram uma manhã de muita aprendizagem. Rinaldo José dos Santos, 49 anos, é um deles. Ele perdeu a visão há quase dez anos e durante esse tempo participou de várias ações da FunBrasil.
“O seminário foi essencial para seguirmos em frente e aumentarmos a nossa autoestima, mesmo com a falta de apoio. Mas isso mostra que o deficiente visual também pode viver muito bem”, revelou Rinaldo que já está na expectativa da próxima ação. “Espero que a gente tenha mais oportunidades como essa de grandes aprendizados”, finalizou o integrante da Escola Cyro Accioly.
Segundo a superintendente da Fundação Brasil, Amanda Amorim, a entidade segue trabalhando para alcançar melhorias à sociedade. “Oferecer um acompanhamento completo a essas pessoas é o que a gente sempre sonhou e isso não vai parar. Estamos sempre em busca de novas alternativas para as pessoas com deficiência visual”, ressaltou.
A Fundação Brasil de Apoio ao Idoso possui três unidades na capital alagoana: Farol, Jacintinho e Feitosa, todas com serviços gratuitos à população.
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Redação