Alagoas perde mais de R$ 800 milhões em exportações em 2016

Alagoas perde mais de R$ 800 milhões em exportações em 2016

É o pior resultado desde 2000, quando o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e comércio começou a atual série histórica da balança comercial. Este ano Alagoas amarga queda nas exportações e aumento do saldo negativo na balança comercial.

O estado registrou em novembro o pior desempenho para o mês da sua balança comercial. As exportações, em plena safra de cana, chegaram a US$ 75,9 milhões em queda de -63,5% na comparação com o mesmo mês de 2015 quando foram exportados US$ 208,3 milhões.

Com o resultado de novembro, as exportações de Alagoas no acumulado de 2016 chegam a US$ 344,7 milhões em queda de -41,9% em relação aos primeiros 11 meses de 2015 (US$ 593,7 milhões).

O estado deixou de exportar este ano, até agora, US$ 249 milhões. O valor equivale R$ 859 milhões pelo cambio atual que deixaram circular na economia de Alagoas nos onze primeiros meses deste ano.

A “perda” dos mais de R$ 800 milhões se deve, principalmente, a redução das exportações de açúcar pelas usinas de Alagoas. Em outras palavras, é um reflexo da crise no setor sucroalcooleiro do Estado.

Invertendo

Em contrapartida, no período janeiro a novembro as importações de Alagoas cresceram 3,6% de US$ 512 milhões em 2015 para 530 milhões em 2016.

Pela primeira vez na história, o estado vai fechar um ano com volume de exportações menor do que importações.

Até novembro, o saldo da balança comercial está negativo em US$ 186,1 milhões. Na prática é como se Alagoas “mandasse para fora” esse dinheiro. Mas não é bem assim. Explico: por conta de mudanças na legislação (uso de precatórios) Alagoas é utilizada como porta de entrada de produtos que vão parar em outros estados.

A pauta de exportações de Alagoas continua resumida, como sempre, e depende principalmente de produtos como açúcar, PVC e fumo.

Já a importação, estimulada pelo uso de precatórios ( que reduz com o deságio o o pagamento de ICMS em até 80%) tem se diversificado e inclui mais de 100 itens – entre eles óleo bruto de petróleo, nafta, trigo, alhos, vestidos, filés de peixe, coco seco, bolsas e outras obras de plástico, vinhos, adubos e diversos produtos químicos.

Nem todos esses produtos, como já disse, ficam por aqui.


Edivaldo Júnior

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Redação

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