Governo do Estado reafirma que manterá unidades de saúde sob sua gestão

Governo do Estado reafirma que manterá unidades de saúde sob sua gestão

Em Alagoas, mais de 90% da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme o Censo/2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma delas é a dona de casa Edleuza dos Santos, 57 anos, que procurou o Ambulatório 24 Horas João Fireman, no Jacintinho, para tratar as dores da febre chikungunya.

“O acolhimento no ambulatório é muito bom e quando saio daqui bem de saúde ou encaminhada para o cuidado, é melhor ainda”, contou Edleuza. Ela afirmou que, rotineiramente, busca a Unidade de Saúde João Paulo II, também no Jacintinho, para os cuidados básicos, e só nos casos mais graves se dirige ao ambulatório, que atende uma média 14 mil pacientes ao mês.

O entendimento que a dona Edleuza tem ao procurar a assistência adequada é o que ajuda na organização do serviço. Isso porque o SUS é uma rede que reúne postos de saúde, ambulatórios, hospitais, laboratórios, enfim, todos os estabelecimentos públicos de saúde responsáveis por garantir o direito dos cidadãos a consultas, exames, internações e tratamentos.

O supervisor estadual de Média e Alta Complexidade da Sesau, Rogério Barboza, explicou que o município tem o papel de executor na organização da rede SUS. No entanto, em Alagoas, o Estado continua como responsável pelo serviço de média e alta complexidade destinado aos usuários.

“Apesar de o papel executor da política de saúde pública ser do município, o Estado permanece com o compromisso de manter as unidades que ainda estão sob sua gestão”, explicou Barboza. Isso porque, o papel do Estado é cooperar técnica e financeiramente com o município, como aconteceu com a municipalização da Unidade Mista Dr. Carlos Gomes de Barros, em Passo do Camaragibe, onde foi firmada uma cooperação mútua entre o município e o Estado.

A secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, confirmou que todas essas unidades estão sendo fortalecidas. Isso acontece por meio de investimentos pontuais e pela definição das linhas de cuidado, com base no Projeto de Regionalização. “O nosso compromisso é continuar com o atendimento que é de grande importância para a população e, também, manter o processo de negociação com os municípios para assumirem seu papel executor da saúde”, salientou a médica. Por isso, com a cooperação mútua, são levantados o perfil e as necessidades das unidades para pactuar o apoio do Estado.

Hospitais – As unidades hospitalares sob a gestão do Governo do Estado estão presentes em seis municípios alagoanos. Na Unidade Mista Senador Arnon de Melo (Piranhas), Unidade Mista Dra. Quitéria Bezerra (Água Branca), Unidade Mista Dr. Antônio Serpa (Delmiro Gouveia), Hospital Geral Ib Gatto Falcão (Rio Largo) e a Clínica Infantil Dayse Brêda (Maceió).

A Sesau assegura o compromisso de manter as unidades em pleno funcionamento, visando garantir a assistência à saúde da população. Em cada um desses municípios, os cidadãos encontram serviços de porta de entrada para o pronto atendimento e também o de clínica médica, além de algumas especialidades.

Já o Hospital Geral do Estado (HGE), também em Maceió, e a Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, que são referências na I e II Macrorregiões, respectivamente, há a oferta de serviços de urgência e emergência em alta complexidade, que contempla as especialidades por meio de equipes multidisciplinares.

Também estão sob a gestão do Estado os Ambulatórios 24 Horas, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Hemorrede de Alagoas (Hemoal) e o Laboratório Central (Lacen).

Ambulatórios – No momento em que o paciente precisa de cuidado é comum a dúvida sobre o local ideal para ser atendido, a depender do caso. De acordo com a diretora estadual de Atenção Pré-Hospitalar, Cristina Calado, cada unidade tem sua função: o paciente deve procurar os Ambulatórios 24 Horas nos casos de vômito, diarreia, ao sofrer pequenos cortes, convulsões, crises de asma ou diabetes e quando estiver com dores de cabeça, barriga ou ouvido.

“O fluxo para o funcionamento do SUS deve seguir da atenção básica às urgências”, esclareceu Calado. Isso porque, nas urgências é realizado um atendimento pontual, enquanto na atenção básica existe um conhecimento prévio da população, registro em prontuário anterior à queixa aguda, o acompanhamento do quadro e o estabelecimento de vínculo, o que caracteriza a continuidade do cuidado.

Foi como procedeu a dona de casa Maria do Carmo, 62 anos, que faz o acompanhamento da diabetes na unidade de saúde, mas procurou o ambulatório do Jacintinho porque apareceu uma ferida no pé. “Pensei que fosse pé diabético, mas aqui o médico me tranquilizou, mostrando que minha diabete não está descompensada”, contou ela.


Agência Alagoas

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