Greve de policiais civis “aumenta” preço da gasolina nos postos de Maceió

Greve de policiais civis “aumenta” preço da gasolina nos postos de Maceió

O que o Porto de Maceió tem a ver com a paralisação da Polícia Civil? Em tese, nada. O porto é federal, a greve é estadual. A ocupação do local por grevistas faz parte de uma estratégia política. É um caminho para ganhar espaço nos meios de comunicação e para pressionar o governo do estado indiretamente, em função dos transtornos que podem ser causados a economia e a população.

O porto é porta de entrada e saída de importantes produtos. É por lá que o estado exporta açúcar, etanol e petróleo. Por lá chega a gasolina, o diesel e o trigo. Isso para citar apenas os produtos mais importantes. A administração do porto registra prejuízos diretos de até US$ 100 mil por dia.

A interrupção da entrada e saída de caminhões no porto ameaça não só abastecimento e o escoamento desses produtos, mas também pesa no bolso do consumidor.

Acabo de receber a informação de um colega jornalista que foi abastecer o carro num posto de combustíveis de Jaraguá. Ele estranhou o fim da promoção no preço do combustível e procurou saber por quê: “ontem (quarta-feira) passei pelo local e tinha uma faixa com promoção de R$ 2,59. Deixei para abastecer hoje (quinta-feira) e  para minha surpresa a gasolina estava a R$ 2,79. O frentista explicou que o dono do posto decidiu acabar com a promoção para segurar o estoque, porque tem medo que a ocupação do porto pelos grevistas demore mais. Se isso ocorrer, a gasolina terá de vir de outros Estados e chegará mais cara”, explicou.

A informação procede. Fui até o local e um frentista me deu a mesma versão.

Queda de braços

Policiais civis e governo do estado estão numa queda de braço em torno do reajuste salarial da categoria. O Sindipol/AL pede um reajuste salarial que passa dos 170%. Daqui pouco volto com mais detalhes sobre a questão.

Fica a sugestão: seria melhor que o sindicato optasse por estratégias que não afetem a economia do estado e o bolso do consumidor, ainda mais num momento em que toda a população sente os efeitos da crise.

EJ

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Redação

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