Emater vai mapear o potencial agrícola das áreas de quilombos em Alagoas

Emater vai mapear o potencial agrícola das áreas de quilombos em Alagoas

O Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater-AL) fará um mapeamento da potencialidade agrícola das regiões de quilombos em Alagoas. Este foi o resultado da reunião estabelecida entre o diretor-presidente da Emater-AL, Carlos Dias, com a coordenação Estadual das Comunidades Remanescentes Quilombolas de Alagoas (Gangazumba-AL), ocorrida nesta quarta-feira, 27.

A reunião é uma solicitação do governador Renan Filho, que orientou a Gerência de Articulação Social do Gabinete Civil a percorrer os órgãos e secretarias de Estado para atender e dar encaminhamento às demandas dos povos tradicionais.

Em fevereiro, na primeira reunião com a comunidade quilombola, a Emater garantiu a emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) para a comunidade quilombola de Mumbaça, em Traipu, beneficiando 44 famílias da localidade.

O Gangazumba Alagoas reivindicou, desta vez, um plano de Assistência Técnica e Extensão Rural continuado para os grupos quilombolas. Segundo Carlos Dias, a intenção é que a demanda seja atendida mas que, num primeiro momento, é preciso identificar quais as prioridades de cada comunidade, para que dessa maneira, seja estabelecido um plano de trabalho junto com os grupos.

“Nós definimos que o nosso técnico, que é assistente social, Guilherme Viera, trabalhe como articulador entre as comunidades, povos tradicionais e a Emater. Ele vai se reunir com as lideranças das comunidades para identificar qual as principais necessidades relacionadas a Assistência Técnica e Extensão Rural e definir o que cabe ao instituto”, detalhou Carlos Dias.

Segundo ele, essa identificação é necessária, pois, “é preciso que seja feito um trabalho específico e direcionado, mas que tenha eficiência na prática”.

Para o coordenador da Gangazumba-AL, Manuel Oliveira, as 69 comunidades quilombolas de Alagoas tem necessidade de capacitação em agricultura e que isso é uma das pautas do movimento.

“Para cada comunidade, há uma cultura diferente, mas nós plantamos no geral, milho, feijão, mandioca, inhame, então é preciso que nós tenhamos uma política de ater direcionada e continuada, além disso, a emissão das DAPs são muito importante, pois nos possibilitam elaborar projetos e ter acesso aos programas de Governo”, explicou a liderança.

No próximo dia 12 de maio, o técnico da Emater, Guilherme Vieira, e lideranças das comunidades quilombolas reúnem-se para fazer o levantamento das demandas, potencialidades e diferenças de cultura de uma comunidade para outra.


Agência Alagoas

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Redação

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