Impeachment: Renan tenta viabilizar novas eleições para presidente estado ano

Impeachment: Renan tenta viabilizar novas eleições para presidente estado ano

Michel Temer tenta negar o óbvio: que conspira contra Dilma Rousseff. O vice-presidente não quer entrar para a história como “golpista”. É tarde demais.

Com a imagem atrelada a Eduardo Cunha, acusado de corrupção em várias delações, com o seu PMDB enfiado na lava-jato até o pescoço, a impopularidade já é igual ou maior do que a da titular do cargo.

Os protestos contra Temer e Cunha crescem nas ruas e ecoam no Congresso Nacional. O Ibope, segundo texto do Brasil247 deste sábado (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/227861/Ibope-s%C3%B3-8-acham-que-Temer-resolver%C3%A1-crise.htm) aponta que apenas 8% dos brasileiros acham que Temer resolverá a crise. Segundo o levantamento, 62% da população quer novas eleições.

Nesse cenário a tese de antecipação das eleições presidenciais para este ano vem ganhando força. O presidente do Congresso Nacional, um dos mais destacados defensor desta ideia trabalha, no momento, com o tempo a favor.

O desgaste de Temer, que aos poucos vai consolidando a imagem de conspirador, pode ajudar Renan Calheiros a colocar em execução seu projeto de eleições gerais ou, no mínimo, de viabilizar uma eleição presidencial este ano.

A ideia é antecipar as eleições presidenciais via cassação da chapa no TSE, impeachment de Dilma e Temer ou através de PEC. A Proposta de Emenda Constitucional já foi protocolada no Senado.

A tese defendida por Renan Calheiros como solução para a crise política cresce no PT, em setores do PMDB e em outros partidos.

Por enquanto, os maiores opositores das novas eleições são os tucanos, Democratas  e o grupo de Temer – justo as forças que não teriam chances hoje numa disputa na urna..

Outro clima

O senador Cristovam Buarque (PPS/DF) disse nessa sexta, em entrevista que vota pela “admissibilidade do processo de impeachment”, mas vê nisso uma contradição: “a assinatura desse processo é a mesmo de contas secretas na Suiça”, lamenta.

Segundo Buarque, o clima do impeachment no Senado é bem diferente da Câmara Federal. “Não podemos votar em nome de pai, mãe ou filho. Esse é um processo sério, em que faremos o julgamento se houve ou não crime de responsabilidade”, enfatiza.

O “dedo” da conspiração

Dilma Rousseff teria, segundo consenso geral, de 200 a 220 votos no mínimo, na votação do impeachment, não fosse a atuação de Temer. Além de prometer cargos a deputados que viraram de lado na semana de votação, o vice é acusado de elaborar um plano para garantir que Eduardo Cunha fique na presidência da Câmara Federal e outro para frear a lava-jato.

A “traição” tem preço e logo terá cara . Em caso de posse de Temer, logo saberemos quais os deputados que receberam as “30 moedas”. Para governar, ainda que provisoriamente, o vice terá que pagar a fatura.

EJ

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Redação

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