Autorizada pelo Senado, em novembro de 2015, como registrei no Blog do Edivaldo Junior (http://wp.me/p6TEFy-32f), a liquidação ou “venda” do antigo banco do estado de Alagoas, o Produban avança rapidamente.
O governo de Alagoas conseguiu supermar a primeira etapa, de preparação de toda a papelada, que inclui aprovação no Senado, no Banco Central e outras instituições financeiras e está iniciando este mês as negociações para fechar a negociação em si.
Inicialmente o governo do Estado esperava arrecadar pelo menos R$ 250 milhões com a transação.
A FGV (consultoria independente no processo), no entanto, entregou ao governo de Alagoas a “precificação”. O negócio que envolve a liquidação do Produban e a gestão financeira da folha de pagamento do Estado foi avaliado em R$ 552 milhões.
O valor é de avaliação. No cenário atual, a venda pode ser feita com deságio que pode chegar até 50%.
A liquidação do Produban foi iniciada há mais de 20 anos. Outras tentativas de venda do banco já foram ainda na gestão de Téo Vilela – a última delas em 2014 – mas não apareceram compradores.
Nova estratégia: venda rápida
Inicialmente o Secretário da Fazenda de Alagoas trabalha em primeiro plano com a possibilidade da “venda” do Produban e da folha em bolsa.
Essa alternativa existe, mas desde que não se consiga realizar a venda direta, que vem sendo negociada com algumas instituições financeiras.
George Santoro vai logo avisando que nem ele, nem sua equipe, pode revelar mais nada sobre o processo, em função de clausulas de confidencialidade: “com a fase da burocracia superada, estamos começando a fase de venda direta e não podemos falar nada sobre isso, nem mesmo quais ou quantas instituições estão interessadas no negócio”.
O blog apurou, no entanto, que existe mais de um interessado no negócio.
A boa notícia para Alagoas é que existe sim a possibilidade de que a venda do Produban, seja fechada até o final de maio deste ano. “As partes interessadas estão na fase de levantamento e checagem de informações e se tudo correr dentro do esperado, devemos concluir o processo até o final do próximo mês”, adianta George Santoro.
Rateio com acionistas
Só para lembrar, parte do valor a ser arrecadado na venda do Produban será distribuído com seus acionistas. São milhares de pessoas, a maioria de Alagoas e muitos ex-funcionários.
George Santoro reconhece que não será nada fácil vender o Produban. O processo é longo. “Começamos a trabalhar em janeiro de 2015 e esperamos concluir o processo este ano”.
O que o governo vai vender, na prática, é o “prejuízo” contábil. O “prejuízo” do Produban entra na contabilidade de um grande banco que poderá, por conta disso, pagar menos imposto de renda.
EJ