Novo secretário de Assistência Social quer criar “mercados inclusivos”

Novo secretário de Assistência Social quer criar “mercados inclusivos”

Pouco conhecido fora do setor produtivo local, Antônio Pinaud, chega a Secretaria de Assistência Social do governo Renan Filho pela “meritocracia”.

O convite para o cargo, oficializado na semana passada, pegou o secretário de “surpresa”.

Ele abre mão de férias programadas para encarar um desafio maior do que o a presidência da Agência de Fomento de Alagoas – a Desenvolve, cargo que ocupava até essa quarta-feira, 6, antes da nomeação para o novo cargo – publicada no diário oficial do Estado, nesta quinta-feira, 7.

Foi a atuação na Desenvolve que tornou Pinaud num dos mais bem avaliados integrantes da equipe de Renan Filho. Entre os destaques na sua gestão de pouco mais de um ano na agência, estão a ampliação de recursos para investimentos, criação de novas linhas de financiamento e novos programas.

Pinaud encara a Secretaria de assistência Social como um desafio e traduz sua filosofia ( e a do governador Renan Filho) para trabalhar na Pasta a partir de agora: “é o seguinte, lá você  tem a assistência social e o desenvolvimento social. Nosso estado tem ainda indicadores sociais inadequados e a assistência notadamente tem que continuar. Mas meu desafio é fazer o máximo que puder para a transição do desenvolvimento, é fazer a inclusão social produtiva”, explica.

O secretário adianta que uma das estratégias será a criação do mercado social: “não é fácil, mas isso é uma meta e em função disso vamos reorganizar a Secretaria e redesenhar sua estrutura”, enfatiza.

A meta, reforça Pinaud, é criar mercados inclusivos: “o desafio é pegar essa massa que sai da linha de assistência e já começa a migração para a inclusão produtiva e a criar negócios inclusivos e negócios sociais”, adianta.

Desenvolve tem mais de R$ 30 milhões para investimentos

Pinaud deixa a Desenvolve num dos melhores momentos da agência, que vai aportar mais de R$ 30 milhões em apenas três linhas de investimentos.

Atualmente, a Desenvolve trabalhado, em média, com o dobro de recursos disponibilizados na gestão anterior.

“Dei muita sorte. O governador é economista, conhece a realidade local e é especialistas em desenvolvimento regional. Isso tornou meu trabalho mais fácil. O que que ele (Renan Filho) fez de forma inteligente? Ele dobrou os recursos , ele fez um aporte recorde em 2015 e o que vai acontecer em 2016 é mais que o dobro dos últimos quatro anos”, aponta Pinaud.

No momento, a Desenvolve, adianta o secretário, está lançando agora uma linha de R$ 11 milhões para o cooperativismo, sendo R$ 6 milhões para produção e R$ 5,1 milhões para crédito. “Esses recursos serão liberados com uma taxa impressionante de apenas 7,5% ao ano e até 18 meses de carência. Isso é política pública na veia. No caso do cooperativismo de crédito, a cooperativa ainda faz operações que vão beneficiar milhares de pessoas”, enfatiza.

Não é só. Pinaud adianta que “vai sair daqui mais dois meses cerca de R$ 6 milhões para arranjos produtivos de baixa renda (associações, cooperativas, pequenas empresas num estágio ainda que precisam ser alavancadas). São R$ 6 milhões não reembolsáveis, para eles se estruturarem, gerarem uma renda e essa renda gerar uma poupança para eles poderem acessar lá na frente linhas reembolsáveis. Mas não é recurso doado, tem edital, tem critérios e um nível de monitoramento rigoroso”,.”.

A grande “inovação” do governo na Desenvolve, segundo Pinaud, foi apostar na inovação. “O grande salto é o investimento histórico em inovação. Serão alocados nos próximos dias R$ 15 milhões de reais em inovação, sendo  que mais da metade (R$ dez milhões no interior), para empresas dos setores químico e plástico, cerâmica e moveleiro”, adianta.

Segundo Pinaud, quando se aloca recurso em inovação, a cadeia produtiva na qual a empresa está inserida dá um salto qualitativo, aumenta a geração de emprego e renda.  “Um dos pontos fortes deste governo é inovação. Fizemos no ano passado um aporte na Norvinco de R$ 1,2 milhão em inovação, que foi até então o maior aporte de inovação na indústria do Estado. Nesse ano serão R$ 15 milhões, mas nós já temos disponibilizado para inovação R$ 35 milhões”.

A linha de inovação tem dois anos de carência, seis anos para pagar e é corrigida apenas pela TJLP. Para assegurar o financiamento o estado “inovou” na busca de garantias. “O problema dessas empresas que buscam inovação, é que não tem garantias e a Desenvolve não pode correr um risco muito alto, mas Alagoas conseguiu (olha que prestígio!) uma carta de fiança do banco interamericano para inovação, sendo inovação específico pra energia renovável e eficiência energética. O banco dá uma carta que garante até 80% do financiamento em operações entre US$ 100 mil e US$ 1,3 milhão”, explica.

EJ

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