Presente entre os seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira, o leite também figura o mesmo papel relevante nos indicadores da agroindústria alagoana, sendo a segunda maior força da economia, perdendo apenas para o império da indústria da cana-de-açúcar.O agronegócio do leite e seus derivados possui segue presente em 90% do municípios alagoanos e sustenta mais de 80 mil famílias.
A estimativa do Sindicato da Indústria dos Laticínios e Derivados Lácteos (Sileal) é que a agropecuária leiteira seja responsável pela empregabilidade direta e indireta de mais de 30 mil pessoas, considerando: agricultores familiares, colaboradores de laticínios e profissionais técnicos como veterinários, engenheiros agrônomo e zootecnistas, entre outros.
“Há um movimento sólido a favor do leite em Alagoas que permitiu a modernização de nossa indústria e potencial para dar condições sustentáveis às características nutritivas, sociais e econômicas desse alimento presente em nossa vida há séculos”, enfatizou Arthur Vasconcelos, presidente do Sileal. “Além do destinamento à programa sociais, a indústria alagoana conseguiu, nos último 10 anos, desempenhar um trabalho de variabilidade na produção de derivados e configurar um mercado competitivo”.
Apesar dos esforços conjunto entre gestão pública e indústria, segundo Arthur Vasconcelos, ainda é preciso lançar políticas públicas e fiscais para delimitar melhor os rumos da agroindústria do leite: “o setor possui perfil organizado, com engajamento de uma câmara setorial exclusiva, mas ainda necessita de um olhar especial para os programas que garantem o metabolismo do processo produtivo”, apontou.
Desempenho nacional
O Brasil segundo dados da Embrapa Gado de Leite possui, hoje, acima de 1 milhão de propriedades que exploram o leite, ocupando diretamente 3,5 milhões de pessoas. A produção nacional ocupa a quinta posição no contexto mundial e cresce a uma taxa anual de 4%, superior à de todos os países que ocupam os primeiros lugares.
O levantamento da Embrapa ainda mostra que a produção brasileira nos últimos 25 anos aumentou 150%. O país passou de 8 bilhões em 1975 para 19,8 bilhões de litros em 2000. “Os impactos dessa produção em Alagoas também sobressai no comércio local e externo. Diversos produtos industrializados aqui podem se encontrados no mercado regional e nacional. A projeção dos laticínios vinculados ao Sileal é ir além, e dentro de mais alguns anos lançar projeto de exportação”, revelou.
O Sieal representa os 25 laticínios que atuam nas principais regiões leiteiras do estado, sendo umas das principais fontes de escoamento da produção total do Estado.