Produtores temem por destino de programas sociais com eventual impeachment de Dilma Roussef

Produtores temem por destino de programas sociais com eventual  impeachment de Dilma Roussef

O clima de incerteza político e econômico também sobrevoam a esfera da agricultura familiar em Alagoas. Sem um notório rumo, os agricultores e pequenos produtores temem pelo esgotamento dos programas que permitem a perenização da produção como: Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PNAE), Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA) e tão ‘beneficiário’ Programa do Leite. Juntos, os três subsidiam significativa fatia do montante produtivo da agricultura familiar, envolvem mais de 10 mil agricultores familiares e atuam em 80% dos municípios alagoanos.

“Os programas de aquisição de alimentos vindos da agricultura familiar, desde sua existência, conseguem, de fato, levar uma certa estabilidade ao produtor, que passa a ter mais confiança produtiva. Além disso, também é uma fonte importante do chamado capital social local, instrumento fundamental para autonomização dos beneficiários e produtores”, apontou o presidente da CPLA , Aldemar Monteiro.

Preocupados com os desdobramentos de uma possível transição de governo e a herança negativa de um cenário de deficiência, herdado pelo desempenho econômico atual, nos mais diversos setores da economia, entidades do setor rural de Alagoas, estão propondo uma discussão, na próxima segunda-feira,4, com a bancada federal.

Com isso, a Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) – representante de cerca de 4 mil pequenos produtores –Fetag-AL e Unicafes/AL pretendem abrir um canal de comunicação para apresentar os números da realidade alagoana e defender a permanência dos programas no quadro do governo federal. O Café da manhã com os deputados federais será na sede da CPLA, as 9h, em Maceió.

Programas

Entre os anos de 2003 e 2012, o PAA e suas modalidades vêm sendo executados por estados, Distrito Federal e municípios, por meio de convênios com o Ministério do Desenvolvimento Social. A compra do litro de leite pelas modalidades representa cerca de 50% da produção leiteira por agricultores familiares, quilombolas e pequenos produtores.

Sem alternativas imediatas, o produtor Joecyr Severino, líder da Associação de Produtores de Leite de Ouro Branco, conta que os produtores irão sentir significativa defasagem, principalmente no preço praticado, se caso o programa for afetado.

“Apesar das dificuldades, temos o programa com preço fixo e destinamento certo. Sem isso, sem essa certeza de vendas, as condições de permanecer na atividade diminuem”, alegou. A associação de Joecyr é composta por 60 agricultores e possui uma produção quinzenal de 30 mil litros de leite. Toda demanda, segundo ele, vive da logística do Programa do Leite.

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Redação

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