Pelo ‘IPCA já’, militares ‘recusam’ proposta de ganho real durante 4 anos

Pelo ‘IPCA já’, militares ‘recusam’ proposta de ganho real durante 4 anos

Para tentar evitar a decretação da operação padrão dos militares, Renan Filho recorreu a seus conhecimentos de economista e elaborou uma proposta que iria garantir ganho real de salário para os militares durante os quatro anos de sua gestão.

A ‘engenharia’ de números seria construída na mesa de negociação com os líderes dos militares, mas a regra era simples: os militares teriam entre 2015 e 2018 reajustes sempre acima do IPCA.

O maior objetivo do governador era manter a tropa satisfeita e evitar movimentos como o que ocorre agora

Os militares não aceitaram a proposta por um detalhe: eles também querem o mesmo índice que for dado aos servidores (o governo oferece 5% e o movimento exige os 6,41% do ICPA), independente dos reajustes que já tiveram direito pela lei 7.580

No final das contas, se somados aos percentuais já previstos pela lei e que serão divididos entre 2015 e 2016 (que vão de 16% a 22,8% dependendo da patente), o reajuste dos militares poderia passar dos 40% até 2018.

A regra seria garantir reajustes para os militares sempre acima do IPCA. Além do teto de 12,8% deste ano, o governo daria os 10% previstos para 2015 e mais um percentual equivalente a reposição. Em 2017 e 2018, o governo daria IPCA e mais um percentual que garantia ganho real.

O que faltou (ou falta) para aprovar essa proposta?

Talvez um pouco mais de diálogo ou de compreensão de ambas as partes.

Versão oficial

Durante assembleia realizada no dia 25 passado, os militares decidiram pela operação padrão. A posição da categoria foi explicada em texto da Assomal. Veja:

Militares exigem cumprimento de acordo para reposição salarial com base no IPCA

Cumprimento da Lei de Promoção e melhoria da estrutura de trabalho são outras reivindicações que estão na pauta da categoria; Operação Padrão teve início na quinta-feira (25)

Nesta sexta-feira (26), os representantes do movimento unificado dos militares de Alagoas estiveram nos batalhões da PM e do CBM para entregar a cartilha, informar e orientar a tropa sobre os procedimentos legais adotados na Operação Padrão. Além de prestar esclarecimentos, os militares também foram ao Hemoal doar sangue, conscientes da necessidade da preservação de outras vidas.

A decisão pela Operação Padrão ocorreu durante Assembleia Geral, realizada na quinta-feira (25), quando a categoria rejeitou a proposta de reposição salarial feita pelo Governo do Estado. De acordo com os militares, existe uma dívida de Estado que deve ser cumprida independente do Governo.

A categoria denuncia a defasagem nos seus vencimentos, abaixo do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), a precariedade nas condições de trabalho, o descumprimento da Lei de Promoção, dentre outros entraves que prejudicam o trabalho dos bombeiros e policiais militares e, consequentemente, a defesa de cada cidadão.

Veja aqui o texto completo:

http://www.assomal.com.br/v2//noticias_ver/620/Militares_exigem_cumprimento_de_acordo_para_reposio_salarial_com_base_no_IPCA.html

Veja aqui a posição do governo, em nota oficial distribuída nodia 25:

Governo se posiciona sobre decisão de militares

O governo de Alagoas considera inoportuna a decisão da assembleia de militares, realizada nesta quinta-feira (25). A posição adotada não é justificável, diante do esforço que o governo tem feito no sentido do diálogo e da valorização da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Os militares, em conformidade com a Lei 7.580/2014, tiveram reajuste que varia entre 16% e 22%, a depender da patente; que garantiu as revisões anuais, inclusive a de 2014, e ganho real, mesmo com as dificuldades do atual cenário econômico vivenciado pelo país, de crise e ajustes.

O percentual concedido à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros neste ano é maior do que o proposto a todas as demais categorias reunidas.

Veja aqui o texto completo:

http://agenciaalagoas.al.gov.br/noticias/2015-1/6/comunicado-salienta-posicao-do-governo-sobre-2018operacao-padrao2019

Edivaldo Junior

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Redação

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