O presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, declarou que a crise financeira da agroindústria da cana ultrapassa as barreiras do setor e se estende a outras cadeias de negócios da economia alagoana e nacional.
“Não são apenas as usinas, fornecedores e trabalhadores que são afetados pela crise. A sociedade como um todo também sente o reflexo deste cenário. A empresa de máquinas e equipamentos, a fornecedora de adubos até o pequeno mercadinho de uma cidade onde uma usina passa por dificuldades sentem na pele a falta de recursos e investimentos”, afirmou Nogueira.
De acordo com ele, a realização da audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa de Alagoas, na próxima terça-feira, 30, a partir das 9 horas, vai contribuir de forma significativa na busca de saídas para o enfrentamento da crise que atravessa o setor.
“Não devemos ficar apenas na esfera do debate. É importante que desta sessão especial surjam soluções que possam ser executadas de forma conjunta com o governo do Estado e que sejam voltadas ao fortalecimento da cadeia da cultura da cana em Alagoas. Para isso, é importante preservar o diálogo entre todos os segmentos”, propôs Nogueira, afirmando que outros setores da economia, que também são prejudicados pela crise nas usinas, devem ser ouvidos pela Assembleia Legislativa.
Segundo o presidente do Sindaçúcar-AL, como forma de ajudar os fornecedores de cana, durante a audiência pública, as usinas alagoanas estarão abrindo mão de receber os recursos da subvenção do etanol para que eles sejam pagos diretamente aos produtores rurais.
“É a forma que encontramos para contribuir neste processo. Afinal, todo este recurso, assim que fosse liberado pelo governo federal, seria usado para pagar os nossos fornecedores que estão sem receber por parte de algumas empresas pela cana vendida na safra 14/15”, finalizou.
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