Governo intermedia negociação de dívidas de trabalhadores rurais

Governo intermedia negociação de dívidas de trabalhadores rurais

O medo de perder o lote de terra onde vive e trabalha há 15 anos, levou o trabalhador rural Genaldo Pedro de Farias ao encontro entre agricultores e representantes de assentamentos, Bancos do Brasil e Nordeste e Agência de Fomento (Desenvolve), promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), na última sexta-feira (19), em Arapiraca.

No Polo Agroalimentar de Arapiraca, os agricultores em dívida com as instituições bancárias receberam orientações sobre as leis e resoluções que tratam da renegociação, quitação e perdão de dívidas dos créditos fundiário e produtivo. Assim como Genaldo Pedro, outros 20 mil agricultores familiares alagoanos estão em débito com os bancos.

No caso do agricultor, que mora no assentamento Ceci Cunha, localizado no povoado Corredor, em Arapiraca, o problema maior é a individualização da dívida do crédito fundiário, devido ao aval coletivo firmado com os assentados. “Eu paguei minha dívida do Pronaf A e quero pagar o aval coletivo, mas o meu vizinho não quer. É preciso que todos paguem para que a dívida seja quitada. Tenho vontade, não pago porque não consigo. Nasci e me criei na roça. Eu quero viver na minha terra”, disse o assentado.

Para discutir a legislação vigente e buscar alternativas para firmar acordos para amortização das dívidas, o secretário estadual da Agricultura, Pesca e Aquicultura, Álvaro Vasconcelos, organiza a formação de uma comissão com representares do governo, dos bancos e dos agricultores. O grupo deverá ser apresentado e iniciar as discussões nos próximos dias.

“Vamos buscar o apoio da bancada federal alagoana nessa questão e pretendo levar essas demandas a Brasília na próxima semana. O encontro foi importante porque serviu para orientar os agricultores sobre como regularizar seus débitos. O Governo do Estado está cumprindo seu compromisso com o pequeno agricultor. Queremos que ele consiga quitar seus débitos e tenha acesso a novos créditos para produzir cada vez mais”, afirmou o secretário.


Ascom Seapa

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Redação

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