Tornozeleira eletrônica amplia rede de segurança em Alagoas

Tornozeleira eletrônica amplia rede de segurança em Alagoas

Com cerca de quatro anos de atuação no monitoramento de reeducandos do sistema semiaberto prisional alagoano, o Centro de Operações Penitenciárias (Copen) está atuando, por meio do uso das tornozeleiras eletrônicas, no cumprimento de medidas protetivas no Estado. Um exemplo são os casos que envolvem a Lei Maria da Penha. O trabalho começou em maio deste ano e conseguiu impedir um caso de violação da medida.
Segundo o diretor do Centro de Operações Penitenciárias, Paulo Cabral, o trabalho vem dando resultados positivos. Ele conta que, recentemente, uma vítima, que reside na cidade de Anadia, acionou o “botão do pânico” após verificar que o agressor tinha ultrapassado os limites permitidos. Em pouco tempo, a polícia conseguiu chegar ao local onde se encontrava a vítima e impedir a aproximação do agressor, garantindo assim sua segurança.

Como funciona

O processo de acompanhamento eletrônico é iniciado após decisão judicial, onde é decretada a medida protetiva. Nesse caso, o agressor tem que manter uma determinada distância da vítima. Daí começa a atuação do Copen. Após determinação judicial, o agressor passa a utilizar o equipamento eletrônico, que dará um alerta para a central de monitoramento caso ele ultrapasse a distância permitida pela Justiça.

No caso da vítima, é utilizado um “botão do pânico”, instrumento que, quando acionado, envia um alerta para a central, informando que o agressor ultrapassou o limite permitido. Após o recebimento do alerta, o Copen envia um aviso à polícia, que imediatamente vai até o local onde se encontra a vítima para realizar a prisão do infrator. O projeto ainda é piloto e realiza o monitoramento de dois ex-casais, sendo um no interior e outro na capital, a previsão é que sejam disponibilizadas 250 tornozeleiras para atuar nestes casos.

Para o diretor Paulo Cabral, a ampliação do serviço de monitoramento no cumprimento de medidas protetivas é fundamental para garantir a segurança da vítima. “Antes não havia nenhum tipo de controle para verificar se as medidas estavam realmente sendo cumpridas, agora graças o uso deste aparelho e o trabalho da central de monitoramento, isso já é possível”, concluiu.

Agência Alagoas

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Redação

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