Defensivos têm maior potencial de investimento, avalia BNDES

Defensivos têm maior potencial de investimento, avalia BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) espera apresentar até setembro seu estudo para a diversificação da indústria química brasileira. Iniciada em maio de 2013, por consórcio entre as consultorias Bain & Company e Gas Energy, a pesquisa mostra, em resultados preliminares, que o segmento de defensivos agrícolas tem as maiores oportunidades de investimentos, dentre 64 analisados.

“O estudo visa transformar oportunidades em iniciativas de investimento, servindo de instrumento para os empresários na tomada de decisões”, disse a diretora de economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fátima Ferreira, em evento nesta quarta-feira, em São Paulo.

Segundo o engenheiro do departamento de indústria química do BNDES, Martim Francisco, o objetivo é recuperar cadeias químicas que o País perdeu, em meio a uma indústria cada vez mais “commoditizada” – que vende insumos básicos e compra produtos de maior valor -, e incentivar o surgimento de novas cadeias, de forma a reduzir o déficit na balança do setor, que em 2013 atingiu recorde de US$ 32 bilhões.

Dentre os 64 segmentos químicos estudados, 32 foram priorizados, considerando tamanho do mercado, potencial de crescimento e vantagens competitivas do Brasil. Nesse contexto, os defensivos agrícolas, um mercado de US$ 53 bilhões, no qual o País tem 20% de participação e importa US$ 5,4 bilhões, têm as maiores oportunidades de investimento. Segundo o estudo, os potenciais aportes neste segmento podem resultar em impacto de US$ 1,1 bilhão a US$ 2,5 bilhões na balança comercial brasileira de produtos químicos no ano de 2030.

Além do potencial em defensivos, já foram realizados levantamentos em óleos lubrificantes, oleoquímicos, químicos para concreto, exploração e produção de petróleo e mineração. Em 15 dias é esperada a publicação dos resultados de diversos outros segmentos na página do BNDES. Os estudos devem ser concluídos nos próximos quatro meses, com a realização de um seminário para apresentação dos resultados ao setor privado no dia 3 de junho.

Agrolink

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Redação

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