“O estudo visa transformar oportunidades em iniciativas de investimento, servindo de instrumento para os empresários na tomada de decisões”, disse a diretora de economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fátima Ferreira, em evento nesta quarta-feira, em São Paulo.
Segundo o engenheiro do departamento de indústria química do BNDES, Martim Francisco, o objetivo é recuperar cadeias químicas que o País perdeu, em meio a uma indústria cada vez mais “commoditizada” – que vende insumos básicos e compra produtos de maior valor -, e incentivar o surgimento de novas cadeias, de forma a reduzir o déficit na balança do setor, que em 2013 atingiu recorde de US$ 32 bilhões.
Dentre os 64 segmentos químicos estudados, 32 foram priorizados, considerando tamanho do mercado, potencial de crescimento e vantagens competitivas do Brasil. Nesse contexto, os defensivos agrícolas, um mercado de US$ 53 bilhões, no qual o País tem 20% de participação e importa US$ 5,4 bilhões, têm as maiores oportunidades de investimento. Segundo o estudo, os potenciais aportes neste segmento podem resultar em impacto de US$ 1,1 bilhão a US$ 2,5 bilhões na balança comercial brasileira de produtos químicos no ano de 2030.
Além do potencial em defensivos, já foram realizados levantamentos em óleos lubrificantes, oleoquímicos, químicos para concreto, exploração e produção de petróleo e mineração. Em 15 dias é esperada a publicação dos resultados de diversos outros segmentos na página do BNDES. Os estudos devem ser concluídos nos próximos quatro meses, com a realização de um seminário para apresentação dos resultados ao setor privado no dia 3 de junho.