Ou vai ou racha: Dilma convoca reunião de emergência com PMDB

Ou vai ou racha: Dilma convoca reunião de emergência com PMDB

Dependendo do resultado do encontro que será realizado neste domingo, em Brasília, o presidente do Senado, Renan Calheiros, poderá ter que refazer seus planos eleitorais este ano.

O PMDB está a beira do rompimento político com Dilma Rousseff e o PT. Os problemas na relação com o governo são antigos, mas a temperatura subiu muito nos últimos dias com trocas de acusações e xingamentos entre líderes dos partidos, envolvendo o presidente do PT, Rui Falcão, e o líder da bancada do PMDB na Câmara Federal, Eduardo Cunha, do RJ.

Para tentar acalmar os ânimos a presidente Dilma Rousseff convocou reunião com a cúpula neste domingo. O ex-presidente Lula também entrou em campo para ajudar na articulação com os peemedebistas.

Participam do encontro com Dilma, além do vice, Michel Temer, os presidentes da Câmara, Henrique Alves e do Senado, Renan Calheiros e o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp.

Cara a cara com a presidente, os “caciques” ter decidir se o partido é governo ou vai para a oposição. O problema é que eles não conseguem mais controlar a bancada do PMDB na Câmara Federal.

Um levantamento realizado esta semana pelo jornal O Estado de S. Paulo, mostra que um terço dos deputados do PMDB querem romper com o PT: “O Estado ouviu 54 dos 74 deputados do PMDB em atividade – um está de licença médica. A opção pela ruptura imediata foi de 23 parlamentares. Outros 25 deputados disseram ser a favor da aliança, embora haja nesse grupo peemedebistas críticos à condução política do governo”, diz reportagem.

Se depender do líder do PMDB na Câmara, o partido vai mesmo para a oposição, como reconhece o senador Valdir Raupp, presidente nacional do PMDB: “primeiro tem que resolver a situação da Câmara. Espero que essas conversas possam chegar ao final dessa crise de relacionamento”, disse.

O que estremece a relação com o governo atualmente não são apenas os cargos, os ministérios, como se imagina. O maior problema é a falta de entendimento entre PT e PMDB nas alianças estaduais. Em apenas quatro estados, incluindo Alagoas, o PMDB e o PT estão afinados. Nos demais tendem a ir para o confronto.

Para salvar a aliança com o governo o PT e o PMDB podem antecipar suas convenções nacionais para abril ou liberar os partidos nos estado. Qualquer uma dessas decisões terá implicações nacionais e locais, podendo forçar Renan Calheiros a fazer mudanças de planos – isso porque ele juá conta com o apoio do PT para o candidato que o PMDB indicar ao governo.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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