Setor do mel se reúne para recuperar a produção no Nordeste

Setor do mel se reúne para recuperar a produção no Nordeste

A seca que atingiu a região Nordeste na safra 2012/2013 ocasionou a perda de 1,2 milhão colmeias na região. Para discutir o andamento da campanha “Sem abelhas, sem alimentos”, a Câmara Setorial do Mel debateu nesta segunda, dia 24, em Brasília, a recuperação dos abrigos para as abelhas, que foram migradas, em 2013, do Piauí para o Maranhão a fim de restabelecer a produção de mel. A Câmara também apresentou a versão para apicultura do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal.

Segundo o presidente da Câmara Setorial do Mel, José Cunha, o Nordeste é responsável por 40% do mel exportado pelo Brasil. A região ainda se recupera da seca que dizimou colmeias.

– As mudanças climáticas afetaram o nosso país mais fortemente no Semiárido, onde perdemos 1,2 milhão de colmeias. Houve um esforço muito grande, mobilização dos apicultores, das autoridades locais e dos governos estaduais. Uma mobilização ocorreu para salvar o que restou das abelhas e fazer a apicultura migratória, transportando as abelhas para o Maranhão, onde elas multiplicaram suas colmeias. Agora, os insetos retornaram à região da produção – explica Cunha.

Para honrar os contratos, as regiões Sudeste e Sul supriram as exportações que haviam sido acordadas pelo Nordeste. Com a diminuição na produção de mel, o preço do quilo do produto vendido para fora do país saltou de R$ 3,50 para R$ 6,50, valor que cobre os custos de produção, que estão na média de R$ 5,00. Outra expectativa do setor é quanto ao Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), que deve ter a nova versão publicada em breve. O texto está na Casa Civil e espera apenas a assinatura da presidente Dilma Rousseff.

– Há possibilidade de a gente ter avanços em vários aspectos. Não só na questão de definição de produtores, de inclusão de novos produtores, por exemplo, mas nos produtos das abelhas sem ferrão, que antes não estavam contidos de forma incisiva no Riispoa, vigente desde 1952 – salienta o pesquisador da Embrapa, Riçado Camargo.

RuralBr

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Redação

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