Foi, digamos, “uma visita de cortesia”. Um gesto de aproximação de um senador com o Legislativo Estadual. Sim. Mas não foi só isso.
Fernando Collor se colocou à disposição para intermediar demandas dos deputados estaduais em Brasília, assistiu a sessão realizada na Assembleia Legislativa de Alagoas dessa terça-feira (30) ao lado do presidente da Casa, deputado Marcelo Victor, e depois conversou longamente com os parlamentares.
A conversa fluiu muito bem com deputados de todas as legendas, cores e lados. E serviu para mostrar que o jogo está aberto para 2022. Muito mais aberto do que qualquer um possa imaginar.
Não há, na Casa, compromisso com nenhum projeto majoritário para o próximo ano. Nenhum mesmo, o que abre espaço para conversas e futuras composições com todos os prováveis candidatos ao governo e ao Senado.
Collor segue bem situado em todas as pesquisas, atuante nas redes sociais e no Senado. E certamente voltará a conversar com o grupo de Marcelo Victor e outras alas da Assembleia Legislativa.
Se “elle” terá uma banda da ALE ao seu lado? Provavelmente sim. O que falta é definir o tamanho desse grupo.
A Casa certamente se dividirá em duas ou três chapas majoritárias. Tudo vai depender do cenário que será traçado pós-pandemia.
O atual governador deixa o cargo para ser candidato? Arthur Lira se lança ou lança um nome do PP ao governo? JHC pode deixar a prefeitura e disputar a vaga de Renan Filho? Rodrigo Cunha vai tentar o Palácio dos Palmares? Marcelo Victor pode ser o próximo governador?
Entre tantas dúvidas, uma certeza parece crescer na política alagoana: Collor será candidato a reeleição. E isso conta a favor do senador. Desde já “elle” está escalado e pode avançar ocupando espaços que seguem vazios, a espera da escalação dos outros jogadores.