Derrotado duas vezes nas urnas, por poucos votos, Júnior Dâmaso tenta vencer Cacau Filho na Justiça Eleitoral. Explico. Os dois foram candidatos a prefeito de Marechal Deodoro em 2016 e 2020. A eleição, aperta, virou alvo de questionamentos na Justiça.
Com o resultado mantido, após constatação de que a votação e apuração dos votos transcorreu dentro da normalidade, Dâmaso quer a cassação do mandato do prefeito Cacau, alegando que o vice-prefeito seria inelegível.
Essa história contei aqui na semana passada. O argumento jurídico é de que o vice-prefeito de Marechal Deodoro, Walter Avelino, não poderia disputar a reeleição.
Avelino foi vice em 2016. Antes disso, a irmã dele ocupou o mesmo cargo, como vice de Matheus.
Do ponto de vista jurídico seria um caso inédito. Politicamente também. Até porque a Professora Iolanda, foi vice de Cristiano, que apoiou Junior Damaso em 2016.
Esta semana mais uma vez o jornalista Ricardo Mota voltou ao tema, trazendo novas revelações. A procuradora Regional Eleitoral Raquel de Melo Teixeira em parecer encaminhado ao TRE considera “improcedente” o recurso contra a diplomação do prefeito Cacau e do seu vice, Avelino.
De fato. Embora o processo corra em ‘segredo’ as informações são de que o parecer do MPF é pela manutenção da chapa eleita em 2020. E se o TRE/AL acolher a tese (considerada improcedente) a recomendação é que seja declarada apenas a inelegibilidade do vice, mantendo o diploma de Cacau.
Tudo aponta, portanto, para uma nova derrota de Dâmaso para Cacau. Agora é esperar 2024, para um novo enfrentamento nas urnas. E tudo indica que além de Júnior, Marechal poderá ter entre os candidatos a sucessão do atual prefeito, Cristiano Matheus e um nome indicado por Cacau.