Fonte: Gazeta Web
De acordo com o reitor Josivaldo Tonholo, está previsto um corte de 24% no orçamento da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Foram consideradas as despesas do Ministério da Educação (MEC) frente à Lei Orçamentária Anual (LOA).
Segundo o reitor, esse corte deverá afetar o andamento dos contratos da Ufal. A lei está em análise no Congresso Nacional e será votada em março.
“O montante total dos contratos que já estão em andamento é de R$ 61 milhões, e vamos ter a disponibilidade de R$ 51 milhões. Ou seja, vamos ter que repensar e colocar esses contratos na mesa, renegociar e redimensionar para a nova realidade. Vamos ter que nos reinventar, não podemos fazer além daquilo que está posto”, afirmou o reitor durante entrevista.
Ainda de acordo com o relato de Tonholo, esse descaso que acontece na Saúde ocorre, também, na Educação. “Ainda mais nesse momento da Covid, que os nossos custos operacionais acabam aumentando, porque onde você colocava 40 estudantes numa sala de aula, agora não pode colocar mais 40”.
Ou seja, segundo Tonholo, o número de salas de aulas que a Ufal vai ter que ocupar para colocar os estudantes vai aumentar. “Isso implica em custo operacional de energia, de número de professores e substitutos, de limpeza, porque vai ficar mais pesado. Já estamos colocando todos os contratos na mesa para fazermos as negociações e termos o menor prejuízo possível, pois não é contingenciamento, e sim, corte de Orçamento”.
A maior preocupação, conforme o chefe da instituição, é com os estudantes em situação de vulnerabilidade. “A Ufal tem o maior grau de vulnerabilidade social per capita do Brasil e a segunda maior Universidade do país de número total de pessoas vulneráveis, conforme dados do MEC. Uma preocupação é como vai ficar a assistência estudantil. Esperamos que os cortes na assistência não sejam significativos”.
Com relação ao caso de moradia estudantil, a Ufal já está funcionando de forma contingenciada, apenas com pessoas que não têm outra opção de moradia, sendo ocupada, atualmente, por 32 estudantes; os demais retornaram para as famílias.
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