Fonte: Gazetaweb
Enormes crateras podem se abrir, a qualquer momento, e engolir parte dos bairros afetados pela exploração de sal-gema. Estudos feitos na região, inclusive alguns produzidos pela petroquímica Braskem, indicam que um colapso está prestes a acontecer, principalmente na orla lagunar, que concentrava maior número de minas de sal-gema.
A Defesa Civil Municipal alerta que este tipo de situação é provável que aconteça, mas, sem um monitoramento eficaz da situação das cavidades geológicas, não há como saber quando e qual a magnitude.
Segundo o órgão, não há equipamentos que prevejam com antecedência esta catástrofe. Este risco iminente vem sendo cogitado desde março de 2020, momento em que a Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, que liga os bairros da parte baixa mais afetados pelas falhas no solo, foi interditada. A situação ficou ainda mais agravada em setembro, com a atualização do Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias.
O geólogo Antonioni Guerreira explicou que, diante do provável colapso, coube à Defesa Civil apressar a desocupação dos imóveis das áreas mais atingidas. E a Agência Nacional de Mineração (ANM) recomendou à Braskem o fechamento destas cavidades.
“O que pode acontecer é a caverna em profundidade alcançar a superfície, mas não temos instrumentos necessários, hoje, para mensurar e monitorar a real situação destas minas. Sabe-se, no entanto, que alguns pontos são mais críticos do que outros, a exemplo da orla lagunar”.