Cidade dividida: a menor diferença de votos em AL em duas eleições

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Blog Edivaldo Júnior
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Em 2016, as eleições em algumas cidades alagoanas foram decididas no detalhe, com suspense até a última urna. Em Arapiraca, segundo maior colégio eleitoral de Alagoas, a diferença entre o primeiro e segundo colocado foi de apenas 259 votos: 38,04% a 37,80%. Junqueiro, com mais de 18,4 mil eleitores à época viu o prefeito ser eleito com apenas 3 votos de margem ou 49,51% a 49,49%.

Na eleição anterior, Olho d’Água das Flores, com 14,5 mil eleitores teve o pleito decidido por apenas 18 votos: 48,90% a 48,75%. Emoção maior deve ter vivido o eleitor da pequena Palestina, no sertão alagoano, que viu a prefeita ser eleita com apenas um voto de diferença: 50,01% a 49,99% proporcionalmente.

Resultado exatamente igual, proporcionalmente ao de Marechal Deodoro. Cacau foi eleito com 50,01% contra 49,99% de Junior Dâmaso. Diferença de apenas 8 votos.

Arapiraca e Palestina tiveram cenários diferentes, com outros nomes na disputa e resultados mais elásticos. Em algumas destas cidades, a “divisão” continuou, mas com margens bem diferentes.

Em Junqueiro, Olho d’Água das Flores e Marechal Deodoro, os candidatos foram os mesmos. O confronto se repetiu.

Carlos Augusto que ganhou por 3 votos, não foi reeleito e perdeu para Leandro do Posto por diferença de mais de 1,3 mil votos.

Em Olho d’Água das Flores, o prefeito Carlos André, o Nen também não conseguiu se reeleger e perdeu para Zé Luiz por mais de 1,6 mil votos de diferença.

A única cidade que parece ter mantido a divisão equilibrada, entre “nós” e “eles”, parece ter sido Marechal Deodoro.

Pela segunda eleição seguida, o vencedor só foi conhecido na última urna – literalmente.

Cacau foi reeleito e até conseguiu ampliar a margem sobre Júnior Dâmaso, que foi novamente seu adversário. Mas a diferença foi mínima mais uma vez este ano: de 21 votos ou 50,04% a 49,96%.

Com um resultado tão apertado assim, logo surgiram questionamentos.

Mas o próprio Ministério Público Eleitoral da 26ª Zona, de Marechal Deodoro, esclareceu que todo o processo relativo ao pleito ocorrido no município transcorreu “dentro da legalidade, não restando quaisquer questionamentos a respeito da lisura das eleições”, com informa o portal Gazetaweb (leia aqui).

Trabalho

Reeleito, apesar do suspense até a última hora e dos questionamentos da oposição, o prefeito Cláudio Roberto Ayres da Costa, o Cacau, comemora o resultado e promete trabalhar mais.

“Todo o processo transcorreu dentro da normalidade, dentro da legalidade. Foi uma eleição difícil, mas completamente transparente. Agora vamos trabalhar ainda mais para que Marechal Deodoro continue avançando”, aponta.

Cacau saiu-se bem, especialmente se comparado com os outros municípios “rachados”. Agora o prefeito reeleito tem uma nova oportunidade para tentar “baixar a temperatura” e diminuir o clima de acirramento político e eleitoral na cidade. Mas essa é outra história.

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EDIVALDO JUNIOR CAVALCANTI

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