Rui Palmeira (PSDB) e Renan Filho (MDB) seguem “tentando uma composição”, informou um importante interlocutor, que não gostaria de ver a aliança entre prefeito e governador ser concretizada, ao Blog do Edivaldo Júnior.
A decisão está nas mãos de Rui Palmeira. Escanteado dentro do seu próprio partido, o PSDB, o prefeito parece que tenta dar uma resposta a “altura”.
Dentro da lógica, o PSDB deveria ter candidato em Maceió. Fora da lógica o presidente do partido em Alagoas, senador Rodrigo Cunha, prefere JHC (PSB), único nome que Rui não aprova.
Com isso o atual prefeito deve mudar de partido e lançar um candidato viável.
Ele conversou com três pré-candidatos. Com dois deles – Davi Davino Filho (PP) e Ronaldo Lessa (PDT) – chegou a analisar uma aliança, mas não confirmou.
O outro pré-candidato com quem o prefeito conversou, Alfredo Gaspar, já tem um acordo firmado com o governador Renan Filho. A decisão levou o prefeito a se reunir com Renan Filho. E agora os dois, adversários, tentam aparar arestas para subir no mesmo palanque.
O que o governador ganha com isso? De cara consegue ‘minar’ a oposição. E quanto a Rui, apesar de todas as resistências do seu grupo, teria a indicação do vice e um forte candidato.
Mas, a aliança entre governador e prefeito deve ser anunciada até o início de março, quando Gaspar deve deixar o MP/AL, ou não acontecerá mais.
A ‘oposição’ seguiria com nomes como Davi Davino Filho, JHC e Ronaldo Lessa. Um desses três nomes, no cenário de hoje, iriam para o segundo turno contra Gaspar. Porque com o apoio do governo e da prefeitura o procurador Geral de Justiça tem tudo para ir para o segundo turno.
Reações
A conversa e o possível acordo entre Rui Palmeira e Renan Filho em Maceió tem gerado reações contrárias dos dois lados. Poucos são os que aprovam a aliança entre dois adversários de campanhas recentes.
A explosão de memes nas redes sociais foi imediata. Alguns vídeos com críticas de Rui Palmeira a Renan passaram a circular em grupos de Whatsapp.
As reações são maiores no grupo de Rui Palmeira. De incrédulos a praticamente ‘revoltados’, vereadores de Maceió, deputados estaduais e parlamentares federais reagiram condenando o acordo.
Um parlamentar registrou que “a revolta com a união foi grande. Vereadores, estaduais, federais e senador. De uma vez só desagradou todo mundo”.
O que vários integrantes do grupo do Rui Palmeira esperam é que o acordo não avance, “sob risco do prefeito ficar sozinho”, alertou um parlamentar.
Pelos bastidores, também existem resistências no grupo de Renan Filho, embora um pouco menores.
“Acho q ele não vai fazer. Nenhum dos dois estão confortáveis”, disse ao Blog outro parlamentar com bom trânsito no governo.
A justificativa para a eventual aliança, que seria derrotar o deputado federal JHC (PSB) não tem conseguido convencer.
Alfredo Gaspar de Mendonça (sem partido), que seria o maior beneficiado com o apoio de governador e prefeito numa eventual e provável candidatura a prefeito, tem mantido o silêncio. Seus interlocutores esperam os próximos dias para um decisão final.
Ao que se sabe, ele deixará o Ministério Público até 5 de março e será candidato a prefeito.
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Redação com Blog do Edivaldo Júnior
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