Moinho Motrisa: Comunidade teme por outro acidente e procura MP

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2020/01/moinhomotrisa.jpgMoinho Motrisa: Comunidade teme por outro acidente e procura MP

Os moradores que tiveram imóveis atingidos pela queda de uma das torres do Moinho Motrisa, localizado no bairro do Poço, em Maceió voltaram a fazer reclamações sobre a empresa. Desta vez, o Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) recebeu denuncias sobre crimes de poluição sonora e ambiental e organizou uma reunião nesta quarta-feira (29) com representantes da comunidade Vila Nossa Senhora do Carmo para tratar sobre o assunto.

Segundo a denúncia, o grupo alimentício estaria realizando obras no local ainda devido ao acidente que ocorreu em 2014, onde várias pessoas ficaram feridas e muitas casas foram atingidas. A população procurou o órgão estadual para que se haja providencias, pois o medo continua.

“É preciso lembrar que, passados aproximadamente seis anos do acidente, o moinho pouco foi responsabilizado por todos os danos que nos causou. E, neste momento, voltamos a ter medo porque há uma obra num dos cilos de cimento e nós não sabemos o que pode acontecer. Já pensou se aquilo desaba novamente?”, questionou a moradora Silvana Valença, uma das integrantes da comissão de moradores.

A reunião foi comandada pelo procurador-geral de justiça em exercício, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, e pelo promotor substituto da Promotoria de Justiça de Urbanismo, Givaldo de Barros Lessa. O Ministério Público afirmou que vai instaurar um procedimento para apurar os fatos e pretende procurar a empresa para fazer esclarecimentos.

“Ouviremos todos os moradores oficialmente e, com base em suas declarações, instauraremos uma notícia de fato. E, de início, requisitaremos à empresa esclarecimentos sobre o funcionamento do moinho, inclusive, como estão sendo operados os cilos (torres), já que um deles desabou anos atrás. Paralelo a isso, também pediremos informações à Prefeitura de Maceió a respeito das licenças para obras e de funcionamento do empreendimento”, detalhou Givaldo Lessa.

Reclamações da comunidade

Silvana Valença, Carmem Cristina Silva Wanderley, Narciso Henrique de Carvalho Lima e Arlito Saraiva da Silva Júnior foram os moradores recebidos pelo Ministério Público. Durante a reunião, eles fizeram uma série de reclamações.

“O barulho em razão da operação das máquinas e das torres é ensurdecedor e ninguém consegue fazer nada direito em razão dessa “zuada”. Além disso, há a liberação de uma espécie de fuligem que suja toda a vila e as nossas casas. Tudo fica tomado por esse pó. As pessoas estão adoecendo e uma providência precisa ser tomada”, comentou a empresária Silvana.

Arlito Saraiva também apresentou as suas queixas. “Minha mãe tem 82 anos e não consegue relaxar dentro da sua própria residência. É barulho o dia inteiro. E, para piorar, a empresa construiu dois cilos de metal que esquentam bastante durante o dia, levando ainda mais calor para dentro das nossas casas”, contou o escrivão da Polícia Civil.

_Jornal das Alagoas_

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Redação

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