A despromoção de 1.200 policiais e bombeiros militares, por meio de decisão judicial, foi alvo de críticas por parte do deputado Cabo Bebeto (PSL-AL), durante pronunciamento na sessão plenária do dia 7 de agosto. “Esse caso tem causado agitação na tropa há alguns dias e se comenta que o número pode ser bem maior do que foi divulgado”, disse o deputado, acrescentando que há rumores de que o número atinja três mil militares. “Certamente, isso vai soar muito negativo para a tropa. Existem casos de policiais e bombeiros que já foram aposentados e que serão despromovidos”, completou.
Para adotar a medida, segundo Cabo Bebeto, o governo usou como justificativa que os militares estavam ingressando com o pedido de aposentadoria por via judicial, quando o correto seria através da Vara da Fazenda. “Mas não é o cidadão que escolhe. Por muitos anos, o Judiciário permitiu que essa ação fosse feita no Juizado Especial. Agora, provocado pelo Estado, diz que deve voltar como era realizado anos atrás, na Vara da Fazenda, e tem derrubado muitas sentenças”, explicou, informando que muitos militares já haviam incorporado as gratificações e contraído dívidas. “Fico apreensivo porque são pessoas que passaram de 20 a 25 anos sem ser promovidas, e só tinham a Justiça para buscar essa correção”, observou, colocando-se à disposição dos militares.
Em aparte, o deputado Davi Maia (DEM) se associou ao pronunciamento do colega e se solidarizou com os policiais e bombeiros militares. “Quando esses policiais militares já foram importantes para esse Governo?”, questionou Maia, apontando que é assim que governo trata a corporação.
Crime bárbaro
O crime bárbaro do qual foi vítima a empresária arapiraquense, Marizete Maria de Oliveira, 41, também foi repercutido pelo deputado Cabo Bebeto, durante a plenária. Marizete teve dois dedos amputados durante um assalto, na oficina mecânica pertencente à ela e ao esposo, no bairro Baixão, em Arapiraca.
Bebeto contou que esteve na residência da vítima e se comoveu com os relatos do momentos de terror. “Na conversa, ela chorou várias vezes. É preciso reconhecer que existem pessoas ruins aí fora, que não têm conserto. Vocês precisavam e deveriam ir lá ouvir os relatos dessa mãe de família. É por isso que não tenho pena de bandido, porque sei do que eles são capazes”, declarou o deputado, contando que os bandidos usaram faca e martelo para cortar os dedos da comerciante.
Assessoria
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