Demissão de jornalistas após greve é criticada por Sindjornal

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Após nove dias de greve, os jornalistas tiveram seu primeiro dia de retorno ao trabalho nesta quinta-feira (4). Porém vários jornalistas da Organização Arnon de Mello (OAM) foram demitidos. Especificamente na TV Gazeta, G1 Alagoas e TV Mar. Até o momento 15 profissionais foram atingidos pelas demissões, entre eles repórteres cinematográficos e produtores.

Conforme informações de bastidores, o número de demitidos na OAM pode aumentar até o começo da noite. O que se espera é que os desligamentos não se restrinjam apenas à OAM, mas se estendam ao grupo Opinião (TV Ponta Verde e site OPg) e ao Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM). Segundo Jornalistas que trabalham nesses locais, o clima é de tensão e hostilidade entre aqueles que aderiram à greve e os que não aderiram.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) definiu ontem que além da manutenção do piso, com 3% de reajuste, haverá uma estabilidade de três meses. Porém, entre os vários jornalistas demitidos do jornal Gazeta de Alagoas (que deixou de ser impresso para se tornar semanário) no ano passado, a maioria ainda não recebeu os direitos trabalhistas.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Estado de Alagoas (Sindjornal) se manifestou com total solidariedade aos profissionais vítmas das retaliações – demissões ou mudança de funções – que configuram perseguição e assédio moral, dizendo entender que tal comportamento configura dano coletivo à categoria.

O Sindicato esclareceu ainda que até a publicação do Acórdão do julgamento do TRT, prevalecem os direitos de greve dos trabalhadores, e que, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, ao tomar conhecimento das ocorrências de demissões no grupo OAM, está atuando, junto aos seus advogados, com todas as providências jurídicas possíveis e adotando todas as articulações que o caso requer.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DO SINDJORNAL

Primeiramente o Sindicato dos Jornalistas do Estado de Alagoas manifesta total e irrestrita solidariedade aos companheiros e companheiras que estão sofrendo, nas empresas, medidas retaliativas – demissões ou mudança de funções – que configuram perseguição e assédio moral, em decorrência de participação na justa greve – legalmente reconhecida pela Justiça do Trabalho – contra a tentativa de redução salarial por parte dos grandes grupos de comunicação do Estado.

Entendemos que tal comportamento configura ainda dano coletivo à categoria e à sociedade e prática antissindical, condutas estas que vão de encontro aos princípios constitucionais de direito de greve e organização sindical.

O Sindicato esclarece que até a publicação do Acórdão do julgamento do TRT, prevalecem os direitos de greve dos trabalhadores, e que, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, ao tomar conhecimento das ocorrências de demissões no grupo OAM, está atuando, junto aos seus advogados, com todas as providências jurídicas possíveis e adotando todas as articulações que o caso requer.

Ainda na tarde desta quinta-feira (às 15h) a diretoria do Sindjornal estará se reunindo com todos os profissionais demitidos, na sede do Sindicato, para as devidas orientações.

Ao mesmo tempo, convoca toda a categoria para uma assembleia extraordinária, no Sindicato dos Bancários, às 19h30 desta quinta-feira, para os devidos informes e encaminhamentos necessários.

Não esqueçamos: Nossa união é nossa força. Juntos somos fortes e vamos vencer mais essa batalha.

A DIRETORIA

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