Jornalistas de Alagoas em greve

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2019/06/WhatsApp-Image-2019-06-25-at-09.19.11.jpegJornalistas de Alagoas em greve

Os jornalistas alagoanos decidiram pela greve na noite desta segunda-feira (24). A decisão foi tomada após uma assembleia da categoria que aconteceu no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL), no bairro do Farol, em Maceió. A assembleia contou com representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Além dos muitos profissionais presentes, a reunião também contou com a presença de estudantes de jornalismo, que reivindicaram melhores remunerações para os estagiários de Alagoas.

“Na assembleia de hoje, vamos confirmar aquilo que já foi decidido pela categoria. O que chegou para gente hoje foi uma proposta pior da que foi apresentada anteriormente: não tem estabilidade, mantém o piso para quem já está trabalhando, o que é normal, porque não podem reduzir o piso, mas o piso inicial foi pior ainda, porque querem fazer dois pisos e colocar o nosso piso atual como teto. Então se a gente já está querendo o reajuste do piso agora, como vamos estabelecer como teto e ninguém vai ganhar mais do que isso?”, questionou o presidente do Sindjornal, Izaías Barbosa.

Redução salarial

O piso do jornalista em Alagoas atualmente é de R$ 3.565,27. De acordo com a proposta apresentada pelas empresas, este valor seria reduzido em 40%, o que daria pouco mais de R$ 2.100. A proposta desta segunda não teve divulgação de valor por parte das empresas, apenas a proposta de dois pisos e o piso atual como teto da categoria.

O secretário-executivo do Sindjornal, Thiago Correia, também se manifestou contra a proposta apresentada. “A proposta não contempla. Ela tem como base a redução do piso salarial. Fizemos várias assembleias e essas assembleias não vingaram”, disse o secretário-executivo.

A presidente da Fenaj, Maria José Braga, compareceu à assembleia e discursou aos jornalistas presentes. “Hoje estamos aqui em um momento exclusivamente de luta sindical. Isso tem importância para todos os jornalistas brasileiros e todos os trabalhadores. Essa nova fase do neoliberalismo quer tirar a dignidade dos trabalhadores. Além disso, querem nos impor à servidão. Não querem mais o suor, querem o sangue. É momento de resistência, para dizer que temos dignidade”, declarou, falando ao microfone, a presidente, sendo aplaudida logo em seguida.

A vice-presidente da Fenaj, Valdice Gomes, agradeceu ao apoio dos estudantes de jornalismo ao movimento. “Estão dando uma ótima contribuição. Agradecemos também aos assessores de imprensa, que estão conseguindo o apoio dos assessorados”, afirmou.

Entrega de cargos

Durante a assembleia, o presidente do Sindjornal, Izaías Barbosa, comentou que três profissionais da Gazeta de Alagoas entregaram o cargo de chefia no local em apoio ao movimento dos trabalhadores da imprensa alagoana. Sob fortes aplausos, os nomes dos jornalistas foram apresentados: Yasmin Pontual, Giovanni Luiz e Cleide Oliveira.

Estudantes de jornalismo que estão apoiando o movimento grevista falaram no local sobre a dificuldade que é se manter com o pouco dinheiro pago pelas empresas. “Nossa proposta é que deveria ser metade do salário mínimo vigente”, disse um estudante da Universidade Federal de Alagoas.

Tribuna Hoje

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