O São João que dá nome a 54 Municípios brasileiros é o mesmo que transformou religiosidade na festa popular mais celebrada no país depois do Carnaval. De Norte a Sul, as festas juninas – em homenagem ao trio de santos João, Antônio e Pedro – dão mais cor, sabor e musicalidade ao inverno brasileiro, que nem é tão frio assim, mas não dispensa uma fogueira. A cada ano, cresce o público dos eventos tradicionais e novas comemorações entram para o calendário, organizadas por igrejas, pela própria comunidade, pela prefeitura ou iniciativa privada.
Números de geração de renda e emprego temporário comprovam, é possível transformar custo em investimento. Além de girar a economia, as festas valorizam a cultura local. Basta comparar os São João do Nordeste com os de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul ou do Pará para ver a riqueza e a diversidade cultural do Brasil e como cada região consegue imprimir sua identidade ao festejo. E, para se ter uma ideia do impacto econômico, somente em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), o público somado chegou a cinco milhões, com injeção de R$ 440 milhões em 2018.
Um em cada dez Municípios tem nome de santo ou faz alguma referência a eles em sua denominação. É o que demonstrou mapeamento realizado . Santos, santo, são, santa, aparecida e nossa senhora são os mais comuns. Quando se analisa as regiões brasileiras, o Nordeste possui o maior número de Municípios que fazem referência a nomes de santos, com 198 cidades.
Em Alagoas, das 102 cidades , nove têm nome de santo, mas todas elas se enchem de animação durante o mês de Junho. Atendendo a recomendação dos órgãos de controle, a grande maioria restringiu a participação do poder público nos eventos e fez parcerias com a iniciativa privada e a própria comunidade para garantir a tradição.
Com pouco ou muito zabumba tocando, arrasta-pé e comidas típicas, a verdade é que o sentimento da alegria de espalha de Norte a Sul . As ruas e casas são decoradas para receber o calor da festa mais esperada do ano.
Fonte: AMA
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