O que pensam entidades sobre o bloqueio de carne para a China

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A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, declarou que espera que a China avalie em breve a documentação enviada pelo Brasil sobre as exportações de carne. Segundo ela o fator de terem detectado o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecido como Mal da Vaca Louca, em Mato Grosso, mostra a eficiência do serviço de inspeção brasileiro. “Isso é uma coisa comum e mostra que o serviço de inspeção brasileiro está funcionando. No ano passado, mais de 20 países tiveram uma ocorrência como essa, atípica, não é contagiosa, não tem perigo para ninguém, é uma coisa normal”, disse.

Na última segunda-feira o Mapa suspendeu temporariamente a emissão de certificados sanitários para a China até que a autoridade chinesa conclua a avaliação das informações já transmitidas. Sobre o caso a OIE encerrou o processo concluindo que não há risco sanitário e que as exportações podem seguir o fluxo normal para os outros países.

“Enfim, é uma coisa absolutamente normal, estamos esperando a China nos próximos dias nos pedir para tirar a suspensão. Foi uma suspensão feita pelo Brasil”, destacou.

O que pensa o setor

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) emitiu nota oficial onde “esclarece que, está acompanhando e confia em todo processo conduzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do Programa Nacional de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB). A Abiec esclarece ainda que o caso não representa risco para a cadeia de alimentação humana ou animal. A entidade reafirma que confia nos controles sanitários brasileiros e a identificação do caso demonstra a segurança e eficiência desses sistemas”, encerrou.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) acredita que o caso deve impactar habilitação de novos frigorífico. O presidente da entidade, Péricles Salazar, disse que os chineses já estavam pensando em suspender as importações da carne bovina brasileira por causa do registro da doença. “A China, com base nas informações que o Brasil mandou, deve levantar o embargo em breve”, acredita.

O economista Roberto Luís Troster, diz que “o bloqueio é temporário e protocolar. Se esse for o caso, o razoável é que haja uma queda nas exportações e uma diminuição temporária do preço da carne, enquanto durar a suspensão. Se a proibição se alongar o efeito será mais demorado e se outros países tomarem a mesma atitude, mais ainda. O razoável e o esperado é um impacto diminuto no curto prazo”, completa.

Relembre o caso

Na última sexta-feira (31), a Secretaria de Defesa confirmou a ocorrência, no Mato Grosso, de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). A doença foi constatada em uma vaca de corte, com idade de 17 anos. Todo o material de risco específico para EEB foi removido do animal durante o abate de emergência e incinerado no próprio matadouro. Outros produtos derivados do animal foram identificados, localizados e apreendidos preventivamente, não havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes. Não há, portanto, risco para a população. Após a confirmação, o Brasil notificou oficialmente à OIE e os países importadores, conforme preveem as normas internacionais.

 

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Redação

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