Fetag-AL alerta que o corte de 50% nas sementes pode chegar a 100%

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2019/05/FETAG.jpgFetag-AL alerta que o corte de 50% nas sementes pode chegar a 100%

Em 2018 o governo de Alagoas aprovou, através do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecoep) R$ 12,7 milhões para o Programa de Distribuição de Sementes em 2018. Em 2019, foram aprovados R$ 5,9 milhões .

Na calculadora, a redução passa dos 53%. Mas este não é, nem de longe, o maior problema dos agricultores familiares de Alagoas que esperam pelas sementes do governo para semear a terra.

Na prática, alerta Robério Oliveira, secretário de Políticas Agrícolas Fetag/AL, o corte pode chegar a 100%.

“A ata da reunião que autorizou os recursos do Fecoep ainda não foi entregue aos demais órgãos para o trâmite legal do processo de aquisição das sementes. Com isso, temos a certeza que este ano o Estado não comprará, em tempo hábil, as sementes de feijão de arranque e milho para a agricultura familiar”, alerta Robério.

A janela ideal de plantio de milho e feijão em Alagoas, especialmente no agreste e sertão, se abre em maio. O semeio pode se estender até o início de junho. Após esse período, as chances de sucesso são mínimas.

Por isso a preocupação da Fetag-AL com a chegada das sementes. Os recursos só foram aprovados na reunião do Fecoepe realizada no dia 10 de maio passado, mas até essa quinta-feira, 22, a licitação ainda não tinha sido aberta.

Robério avalia que mais de 100 mil famílias serão prejudicadas porque as sementes não devem chegar a tempo para o plantio.

“Agora, temos pela frente um trâmite que pode durar, em média, 40 dias. Se a gente contar a partir de agora, as sementes só chegariam no final de junho. Com isso, o tempo estaria esgotado. Não plantamos feijão e milho depois de junho. São mais de 100 mil famílias prejudicadas”, declarou.

Versão oficial

Veja texto da assessoria da Fetag-AL

Fetag-AL alerta que recursos liberados para aquisição de sementes têm corte de 50%

O secretário de Políticas Agrícolas da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Alagoas (Fetag/AL), Robério Oliveira, declarou que o valor dos recursos liberados pelo Governo do Estado para a aquisição de sementes tiveram um corte superior a 50% em comparação ao montante disponibilizado no ano passado.

No último dia 10, representantes do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) liberaram R$ 5,9 milhões para a compra das sementes que já deveriam estar sendo entregues neste mês de maio aos agricultores familiares.

“Infelizmente, o corte ultrapassa os 50% do que foi liberado em 2018. Outro ponto é que ata da reunião que autorizou os recursos ainda não foi entregue aos demais órgãos competentes para que seja dada sequência ao tramite legal do processo para a aquisição das sementes. Com isso, temos a certeza que este ano o Estado não comprará, em tempo hábil, as sementes de feijão de arranque e milho para a agricultura familiar”, afirmou Robério.

De acordo com ele, o processo para a aquisição das sementes deveria ter sido iniciado no começo do ano. “Para que agora já pudéssemos fazer a distribuição e não ainda da aquisição. Agora, temos pela frente um tramite que pode durar, em média, 40 dias. Se a gente contar a partir de agora, as sementes só chagariam em 30 de junho. Com isso, o tempo estaria esgotado. Não plantamos feijão e milho depois de junho. São mais de 100 mil famílias prejudicadas”, declarou.

“A agricultura familiar de Alagoas, que há 20 anos recebia as sementes do programa estadual, este ano, ficará sem elas. O Governo do Estado travou nesta transição de mandato. A agricultura não avançou. A Emater só tem bolsistas prestando serviço burocrático. O que estão em campo estão apenas prestando serviço de convênios firmados com o Governo Federal, a exemplo do Projeto Dom Helder. Eles só atendem grupos e de forma resumida com visitas limitadas. O Governo do Estado, desde o fim da gestão passada e neste cinco meses da nova administração, não teve tempo para ouvir as demandas da agricultura familiar, apesar das nossas tentativas de nos reunimos para encontrar soluções para o problema”, alertou Robério Oliveira.

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